Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem o cientista social Rafael Grohmann, autor do livro “Os laboratórios do trabalho digital”, lançado em julho pela Boitempo. A obra reúne entrevistas com 38 pesquisadoras e pesquisadores do mundo do trabalho e da tecnologia e procura traçar cenários do que será a luta de classes no futuro. Conversamos sobre o que é o trabalho em plataformas, a sua extensão para além dos motoristas do Uber e entregadores de aplicativo, a relação do trabalho digital com o neoliberalismo e a financeirização, o papel das plataformas na desarticulação dos trabalhadores, ideologia do empreendedorismo, o perfil dos trabalhadores digitais e a exploração de minorias, a função dos usuários dos aplicativos e as possibilidades de resistência e criação de plataformas alternativas e/ou pós-capitalistas. Mestre e doutor em Comunicação pela USP, Rafael é professor de mestrado e doutorado em comunicação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e coordenador do Laboratório de Pesquisa DigiLabour e do projeto Fairwork, vinculado à Universidade de Oxford.
Referências e sugestões do Rafael: Observatório do Cooperativismo de Plataforma; Plataformas de fazendas de clique (https://bit.ly/3r6c7jn e https://bit.ly/3xn7ouA); O chão de fábrica (brasileiro) da inteligência artificial: a produção de dados e o papel da comunicação entre trabalhadores de Appen e Lionbridge; Heteromação e microtrabalho no Brasil; The CoopCycle association; Contrate Quem Luta ; Inteligência artificial, branquitude e capitalismo: entrevista com Yarden Katz ; AI Decolonial Manyfesto ; Cooperativa Tierra Común; Feminist AI; The Cleaners – Official Trailer.
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*Trilha: The Sound Stylistics, “The crisis generator” (D. Glover, G. Crockett e J. Glover); e Arcade Fire, “Black mirror” (Will Butler, Win Butler, Régine Chassagne, Jeremy Gara, Tim Kingsbury, Richard Reed Parry).