Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a psicanalista e escritora Maria Rita Kehl, autora de diversos livros, entre os quais o mais recente é “Bovarismo brasileiro”, lançado pela Boitempo em 2018. Conversamos sobre o significado o termo bovarismo, a especificidade brasileira e o seu papel para forjar uma elite que tem “vergonha das origens multirraciais e da herança negra que atravessa toda a cultura popular, mas que não se envergonha das suas práticas racistas e escravistas”.
Vencedora do Prêmio Jabuti de Melhor Livro do Ano de Não Ficção em 2010 por “O tempo e o cão”, Maria Rita ainda falou sobre o papel da televisão, em especial da aliança da TV Globo com o regime militar para a formação de uma identidade nacional; o samba e a malandragem como dispositivos antibovaristas; e o trabalho que realizou como psicanalista na Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST. Por fim, ela comenta a atualidade do seu livro “Ressentimento” (2004), cuja quinta edição será lançada neste semestre pela Boitempo.
Link: Documentário “Clementina”.
Trilha: Clementina de Jesus, “Cocórocó” (Paulo da Portela); e Martinho Da Vila, “Pelo telefone” (Donga, Mauro de Almeida).
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