
Silvio Caccia Bava








A hora e a vez dos deputados federais
O governo Bolsonaro vive seu momento de maior fragilidade, e estão na mesa alternativas como o impeachment e a renúncia
Pensar e defender o impossível
O governo Bolsonaro vive um momento de desgastes – de redução de sua base de sustentação social, de distanciamento de alguns setores militares, de quebra de alianças com igrejas evangélicas, de derrotas no Congresso, de maiores riscos de criminalização pela CPI da Covid – que demonstram a fragilidade de sua sustentação social e política.
Desigualdade
A desigualdade é naturalizada, apresentada como uma herança histórica, uma característica de nossa sociedade com a qual temos de conviver. Não é vista como uma construção histórica que se apoia nas próprias políticas públicas e tem no Estado seu principal promotor.
Cadê o futuro?
O que acontece se as maiorias no Brasil se convencerem de que podem mudar as políticas públicas e a destinação dos recursos públicos? Esta não é uma crise qualquer, é uma crise do mundo do trabalho, com aprofundamento da desigualdade e da pobreza, precarização da vida, destruição do meio ambiente e violência se instalando sobre as instituições.
Da resistência à rebelião
Inicialmente pacíficas, as manifestações de desobediência civil expressas em grandes manifestações de rua sofreram a violência das forças de repressão e não só ganharam maior adesão da população, como também radicalizaram suas demandas. A questão deixou de ser o aumento das tarifas e passou a ser o questionamento das políticas que geram as desigualdades e, nessa medida, o questionamento do próprio capitalismo em sua forma neoliberal e financeirizada atual.
Ser oposição
O que temos pela frente é o desafio de aprender novamente a ser oposição, debater e participar das mobilizações da sociedade civil que expressam suas necessidades e demandas do dia a dia. É a disputa pela qualidade de vida que importa.