Apesar dos dois últimos protestos terem sido encerrados sob forte repressão policial, com dezenas de presos e feridos, os atos contra o aumento da tarifa no transporte público seguem reunindo milhares de pessoas na cidade São Paulo.
Convocado pelo Movimento Passe Livre – São Paulo (MPL), o protesto partiu da Praça Sílvio Romero, no Tatuapé, Zona Leste da capital paulista, às 18h30 com cerca de oitocentas pessoas. Durante a caminhada a adesão foi grande. Duas horas depois, próximo ao destino final, na estação Belém do metrô, a marcha contava com cerca de dez vezes mais manifestantes – entorno de 8 mil pessoas.
Diferente do que ocorreu nos atos realizados no centro da cidade, o comércio local não fechou as portas. Trabalhadores chegaram a sair de seus estabelecimentos comerciais para expressar apoio. Nas sacadas e janelas das residências muitos moradores fizeram o mesmo.
Em frente à sede do Sindicato dos Metroviários, na Rua Serra de Japi, um representante dos trabalhadores pediu apoio dos manifestantes na revisão da demissão dos 42 trabalhadores do metrô demitidos após a greve da categoria realizada em junho de 2014 e manifestou o apoio do sindicato à luta pela redução da tarifa.
Um contingente de policiais menor do que o habitual acompanhou o ato – segundo a Polícia Militar, 450 agentes. O protesto completou seu percurso de cerca de 7 km sem registros de pessoas presas ou feridas.
No dia 6 de janeiro, as tarifas de ônibus, trens da CPTM e metrô de São Paulo subiram de R$ 3,00 para R$ 3,50. O valor da integração entre trens e ônibus também subiu de R$ 4,65 para R$ 5,45.
Um quarto ato foi convocado pelo MPL para o dia 23, sexta-feira, às 17hs em frente ao Theatro Municipal de São Paulo.
*Vídeo foi produzido pelo do Coletivo de Cobertura Luta Contra a Tarifa 2015 formado pelos movimentos: Mães De Maio, MPL-SP, ADVP, CMI-SP, Passa Palavra.