Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com o antropólogo Caio Pompeia, autor do livro “Formação política do agronegócio”, lançado em fevereiro em parceria da editora Elefante e com O Joio e O Trigo. A obra detalha a trajetória do agribusiness no Brasil, do surgimento do conceito nos Estados Unidos ao governo Bolsonaro, analisando a postura das entidades que representam seus interesses. Conversamos sobre as mudanças provocadas no campo brasileiro por essa visão que opera a agropecuária de forma entrelaçada com a indústria e os serviços, os principais atores políticos do setor, a bancada ruralista, o boom das commodities e os altos e baixos da relação com os governos petistas, os conflitos agrários, a postura durante o golpe de 2016, a adesão ao bolsonarismo e a ascensão da extrema-direita, os impactos da postura antiambiental do atual governo, a campanha “O agro é pop” e as bandeiras do agronegócio para o próximo período. Caio é pesquisador do Programa de Pós-Doutorado em Antropologia Social da USP e doutor pela Unicamp, com período como pesquisador visitante na Universidade Harvard. É membro do Grupo de Estudos sobre Mudanças Sociais, Agronegócio e Políticas Públicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Ouça em seu tocador favorito ou dê o play:
Links: Artigo na Revista Brasileira de Ciências Sociais, “Concertação e poder: o agronegócio como fenômeno político no Brasil” ; artigo na Horizontes Antropológicos, “‘Agro é tudo’: simulações no aparato de legitimação do agronegócio”; Guilhotina #108, com Fernanda Perrin.
*Trilha: Pena Branca e Xavantinho, “Cio da terra” (Chico Buarque e Milton Nascimento); e Ruspo, “Chatuba do Agroboy”.