Artista do mês: Calote

Para a coluna deste mês, bati um papo com Marcelo Gianesi Bellintani, mais conhecido no mundo dos quadrinhos como Calote. Quem quiser conhecer mais seu trabalho pode visitar seu blog: http://noprimeiroandar.blogspot.com.br.

 

Você faz quadrinhos há quanto tempo? Como tudo começou?

Eu desenho desde criança. Fazia histórias em quadrinhos sem pé nem cabeça na sala de aula. Desenhava meus amigos, professores, aquela coisa. Quando tinha uns 18 anos comecei a fazer mais tiras e montar uns fanzines xerocados. Via muito quadrinho na internet, daí resolvi entrar na dança e montei um blog que mudou minha vida (mentira!).

 

Quais são suas referências no meio dos quadrinhos?

Lembro-me muito de ler uma Chiclete com Banana escondida em casa. Devia ter uns 10 anos e acho que foi quando fui além da Turma da Mônica e passei a ver quadrinhos de maneira mais ampla. Lia Animal, Striptiras, Geraldão, Los Três Amigos, Marcatti e ficava doido. Copiava os desenhos, fazia outras histórias usando os personagens e tal. Depois disso, descobri vários autores na internet: Allan Sieber, Dhamer, Lafa. A lista é grande… E sou muito influenciado por quadrinistas que viraram meus amigos, como o Bruno Maron, o Ricardo Coimbra, o Bruno Dichico. Tem os gringos também, mas sou ruim em decorar nome com w ou y.

 

Em sua opinião, qual é a função do humor?

É até meio óbvio, mas humor é para dar risada. Se fizer rir e pensar, ótimo. Se fizer rir e denunciar, legal também. Mas se primeiro não fizer rir, daí não é humor. E, particularmente, humor tem muito a ver com fuga. Quando não quero pensar em alguma coisa, ou quando preciso encarar alguma situação, recorro ao humor. Deixa a vida mais vivível.

Luciana Foraciepe é apaixonada por quadrinhos desde sempre. Mais conhecida como criadora da página Maria Nanquim e editora da revista Xula, se define numa frase do personagem Calvin, de Bill Watterson: “A realidade continua atrapalhando a minha vida”