A corrida pela Casa Branca e seus impactos no Brasil e na América Latina
Qualquer que seja o resultado da disputa marcada para 5 de novembro, a América Latina permanece central para a manutenção da posição global dos Estados Unidos como uma superpotência. A maior diferença parece ocorrer quando se examinam os impactos sobre forças políticas nos planos nacionais: a vitória republicana deve fortalecer os movimentos de ultradireita, enquanto um triunfo democrata tende a manter uma abordagem mais discreta e um discurso mais progressista
Faltando cerca de um mês para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, a América Latina praticamente não é mencionada nas plataformas de política externa dos candidatos. As referências claras de Kamala Harris e Donald Trump à região surgem apenas em pautas relacionadas à imigração e ao controle de fronteiras, e não em debates sobre diplomacia. Contudo, isso não quer dizer que o chamado “Hemisfério Ocidental” será negligenciado a partir do próximo mandato, seja qual for o vencedor do pleito. A América Latina tem relevância geopolítica e econômica inegável para os Estados Unidos e atualmente permanece central para a manutenção da posição global do país como uma superpotência. Portanto, fica a pergunta: o que podemos esperar dessas eleições para a América Latina? Destacamos dois pontos: em primeiro lugar, há expectativa de continuidade, independentemente do candidato eleito, na agenda de contraposição à presença de potências externas. O segundo sugere que uma vitória…