A dura busca por reconhecimento
Pleiteando a integração à Europa, a Albânia vive uma crise de identidade, além de econômica: os albaneses não são germânicos, nem latinos, nem eslavos, nem gregos, nem turcos. Além disso, o país está na rota de todos os tráficos, de todas as máfiasNils Andersson
Há dez anos, após a queda do comunismo, podia-se ler no Autre Journal: “Quem terá a coragem de dizer a verdade, que isto será longo, muito longo, e que cabe aos albaneses e somente a eles fazer com que não seja tão longo… É necessário um socorro sem ficar esperando pelo pior, senão a única coisa que não faltará amanhã na Albânia serão as armas e as balas; sobre a terra queimada, nada crescerá, nem mesmo a economia de mercado1.”
Foi nessa época – do “capitalismo considerado como a terra prometida e o Ocidente como o salvador”, segundo a fórmula do escritor Fadil Lubonja – que os albaneses, adotando a “teoria da tábula rasa”, devastaram canais de irrigação, estufas, vinhas, plantações cítricas e oliveiras. Daí a triste constatação de Sabri Godo, ex-presidente da Comissão de Relações Exteriores: “Fizemos algo que não tinha sido feito em qualquer outro país e, hoje, 60% dos produtos alimentícios são importados”. Pior ainda: a indústria do cobre, do qual a Albânia era o segundo maior produtor-exportador do mundo, está arruinada e, embora o país seja rico em recursos hidráulicos, o setor elétrico já não atende às suas necessidades.
Contrastes entre cidade e campo
A seguir, veio a fase denominada de “acumulação primitiva do capital” cujo filão foram as pirâmides financeiras2. A Albânia receberia então, do Fundo Monetário Internacional (FMI), o título de “melhor aluno da turma”, antes que o colapso do sistema mafioso piramidal levasse aos tumultos de 1997. Excetuando os tempos de crise ou da guerra no Kosovo, baixou o silêncio sobre o país. Os discursos de especialistas – sobre a fase de transição mais longa do que fora previsto, sobre a insegurança na ordem das coisas, sobre uma viabilidade ainda tardia – passam a ser considerados certezas.
Transposto o muro do silêncio, brotam torres e novas construções: Tirana torna-se irreconhecível. Será que quando a construção civil vai bem, tudo vai bem? Não é o que pensa a classe política, nem a população. No campo, onde vive a maioria dos albaneses, as terras, retalhadas ao extremo por ocasião da reforma agrária, não bastam para alimentar as famílias. Nas cidades, as situações são diferentes em Shkoder, onde se contrapõem o campanário da igreja e a torre da mesquita; Kukës, na estrada para o Kosovo; Korce, atingida pelo boicote por ocasião do conflito macedônio; Durrës, porto alfandegário e de “trânsito”; Elbassan, ex-centro industrial em ruínas; Vlorë, de frente para o mar e para todos os tráficos; Sarandë, porta comercial com a Grécia; e Tirana, centro do poder…
Uma “idade de ouro” do “capitalismo”
A Albânia recebeu do FMI o título de “melhor aluno da turma” em 1997, antes que o colapso do sistema mafioso piramidal levasse aos tumultos
Porém, longe do desastre, tudo fervilha no paradoxo de uma situação sem futuro onde tudo parece possível. Segundo Edi Rama, o prefeito muito popular de Tirana, “a Albânia é um carro que roda com um motor do século XIX, a sociedade é um rio que deixa o seu leito e a classe política – em vez de ser um dique que transforme essa energia em força – faz obstrução a tudo, gerando conflitos que acabam desembocando em anarquia”. Bem ao gosto da provocação, uma realidade se contrapõe: efervescência de iniciativas e mil formas de se virar para viver e sobreviver: o andar térreo e os porões tornaram-se cafés, lojas, depósitos, escritórios, serviços. Nas calçadas, acotovelam-se quitandeiros, engraxates, vendedores de castanhas assadas, cambistas agitando maços de notas, crianças, crianças demais, vendedores de cigarros, as pessoas que, com uma balança a seus pés, propõem pesar os passantes ou, junto às cabinas telefônicas, cobram as comunicações por unidade. Num outro mundo, o hotel Rogner, onde se cruzam políticos, diplomatas, homens de negócios e mafiosos.
Para Genc Ruli, diretor do Instituto de Estudos Contemporâneos e ex-ministro, “há uma economia privada, mas ainda não existe uma economia de mercado” – e ela é feita do pior e do melhor. O pior é uma economia informal que representa cerca de 30% do produto nacional; o melhor, os 650 milhões de dólares enviados pelos 700 mil imigrantes para suas famílias, verdadeiro pulmão econômico sem o qual a Albânia estaria na miséria3. O cineasta e jornalista Arturo Zheji vê “na vitalidade e capacidade de adaptação dessa diáspora a nova identidade dos albaneses”. Resulta uma atmosfera de idade de ouro do “capitalismo”, que um dirigente político chama de “entusiasmo rock and roll”.
Mais tradutores do que competência
No campo, onde vive a maioria dos albaneses, as terras, retalhadas ao extremo por ocasião da reforma agrária, não bastam para alimentar as famílias
Mas todas as idades de ouro são efêmeras, como lembra Arturo Zheji: “Os albaneses continuam sendo um povo ingênuo, aderindo facilmente às ilusões de que se divorciam de uma maneira dramática.” Como ser otimista quando se repetem cortes no abastecimento de água? Que desenvolvimento industrial é possível quando falta diariamente energia elétrica? Que segurança é possível num país que serve de escala na rota da máfia? Que identidade reconstituir quando a via tão desejada de integração à Europa continuará impossível por uma, duas, até três gerações?
É por isso que os albaneses mantêm os olhos voltados para o horizonte azul da Europa com o sonho americano como pano de fundo. O primeiro-ministro Pandeli Majko considera a integração “um objetivo estratégico de nossa política nacional”; e para Genc Pollo, presidente do Partido Democrático R (reformador), trata-se de uma “vocação histórica dos albaneses, a de se reencontrarem num continente ao qual pertencem”. Esta vocação contrariada data do século XV, período em que Skanderbeg, a quem o papa Nicolas V apelidou de athleta Christi, apelava, para combater os turcos, ao papado, a Veneza e ao rei da Espanha. Em vão: durante cinco séculos a Albânia ficaria integrada ao Império otomano.
Um mal-entendido que perdura: os albaneses não são germânicos, nem latinos, nem eslavos, nem gregos, nem turcos e continuam sendo objeto de uma indiferença permanente por parte da Europa ocidental (com exceção da Itália). Entretanto, obstinado, Marko Bello, ministro de Estado para Assuntos Europeus, repete: “A Albânia deve ser como é toda a Europa.” E não se poupam esforços para que os milhares de páginas dos documentos comunitários atendam ao que foi solicitado. O que leva o povo a dizer que, nos ministérios, há mais tradutores do que competência! Entretanto, na opinião do jornalista Mustapha Nano, o sonho torna-se opaco: “Não há dilema quanto à adesão; o dilema é querermos ser europeus quando a Europa não nos compreende.”
Ingerência de países estrangeiros
A ajuda financeira da diáspora albanesa resulta numa atmosfera de idade de ouro do “capitalismo”, que um político chama de “entusiasmo rock and roll”
Em Bruxelas, há uma certa irritação com o caráter de clãs da política albanesa. Mustapha Nano explica: “No vilarejo, todos têm sua identidade (seu estatuto social, sua posição no interior do clã), mas quem vem para Tirana, e mais ainda, quem emigra perde a identidade.” Daí a necessidade, no jogo político como nos laços sociais, de reproduzir esses costumes. A história recente dos Bálcãs dá muitos exemplos de que, mesmo ocultas durante gerações, as maneiras de pensar não se apagam facilmente das memórias. As pessoas, ao contrário das leis, não podem ser moldadas.
Outra crítica é a ausência de autoridade do poder. Uma das razões, na opinião de Fadil Lubonja, seria a seguinte: “Dirigentes políticos empossados pela Europa só podem ser submissos à Europa.” Em conseqüência dessa ingerência, há meses desenvolve-se um psicodrama político-judiciário na busca ilusória de uma nova maioria que eleja um presidente consensual que não seja o ex-primeiro-ministro Fatos Nano, nem seu rival Sali Berisha.
Foi isso que “transformou a cena política num labirinto”, segundo o diretor do Instituto de Mídia, Renzi Lani. Debate virtual e inútil, considerando as preocupações da população que, lúcida, o coloca em seu devido lugar. À pergunta “quem será o próximo presidente?” ela responde: “Vá perguntar à embaixada norte-americana”, quando não cita as manipulações de Doris Pack, conselheira do Parlamento Europeu para os Bálcãs, a mão de Romano Prodi, ou ainda a da Itália ou da Grécia. Quando o futuro de um dirigente político depende mais de apadrinhamentos estrangeiros que de eleitores, como exercer a autoridade? A menos que se faça como De Gaulle, que respondeu a Churchill: “Sou muito pobre para me submeter”.
Manobras da transição de poderes
Que segurança é possível num país que é escala na rota da máfia? Que identidade buscar se a integração à Europa só será possível daqui a três gerações?
Os problemas não se resolvem mais a tiros ou à paulada, fato que é reconhecido pelas chancelarias e cujo mérito se deve a Fatos Nano, após sua posse em 1997. Existe uma real liberdade de expressão, não somente porque são publicados quinze jornais “livres, mas não independentes”, mas porque as pessoas manifestam-se sem restrições e o debate intelectual (as situações de crise educam) não é só de fachada. A Europa, no entanto, critica a Albânia por um “déficit” de democracia.
O lugar e o tratamento dado à mulher, em particular no campo, assim como o peso das antigas tradições (a vendeta perpetua-se em certas regiões), ou a situação de centenas de milhares de aposentados que não podem viver de sua aposentadoria, ou o fato dos jovens serem obrigados a emigrar por não visualizarem um futuro para o país são o verdadeiro déficit de democracia: seria disso de que estavam falando? Não, a preocupação recorrente da Europa refere-se a uma manipulação por ocasião das eleições parlamentares de 2001 que é objeto de um relatório do Escritório para as Instituições Democráticas e os Direitos Humanos (ODHIR4).
A totalidade da classe política critica essa manobra eleitoral, sobre a qual diz o primeiro-ministro: “Isso se refere aos conceitos políticos e psicológicos do poder e o que se debate atualmente na Albânia é, precisamente, a questão da passagem de poderes, não porque nós, socialistas, possamos perder o poder, mas porque a maneira como se der a passagem, bem como a capacidade de garantir essa transição, irá mostrar o grau de consolidação da democracia.”
Democracia não se importa nem se exporta
“Não há dilema quanto à adesão; o dilema é querermos ser europeus quando a Europa não nos compreende”, diz o jornalista Mustapha Nano
Uma questão importante, indiscutivelmente, mas qual seria a prioridade para o povo? A água, a eletricidade ou a artimanha eleitoral do Círculo nº 605? Impossível discordar de Ruli: “O fator internacional tem uma visão ideológica da democratização da região. É difícil aos doadores compreenderem os problemas reais do país. O desafio essencial nos Bálcãs passa, evidentemente, pela consolidação das instituições do Estado, mas, até o presente, as políticas de aproximação com a Europa e as políticas de desenvolvimento econômico conduziram automaticamente à democratização das instituições? Creio que não. Penso até o contrário, pois a democracia é o resultado de um processo de desenvolvimento, e não sua premissa.”
Os poderes socialistas acreditaram que bastava instituir a propriedade social dos meios de produção para criar o homem novo; os poderes liberais acreditam que a instauração do multipartidarismo e de eleições livres bastam para instituir a democracia. Na opinião de Mustapha Nano, “se queremos avançar na idéia de democratização, é necessário superar o modelo imposto, que não corresponde às estruturas da sociedade nem a seu estado de espírito. Políticos albaneses e ocidentais impuseram uma constituição, mas ela foi redigida por mentalidades e modos de pensar estrangeiros. O código eleitoral é, da mesma forma, uma legislação imposta que não leva em conta a realidade política albanesa.” A democracia não se importa nem se exporta: e não se impõe por um toque de mágica.
Terreno propício para as máfias
Nenhuma das críticas feitas é contestada pelos albaneses, mas, num jogo de espelhos, eis o rigoroso diagnóstico de um especialista ocidental: as redes e os lobbies, que nos governam – pergunta – não seriam uma réplica das mentalidades de clã criticadas na classe política albanesa? Os governantes dos países desenvolvidos, privados de muitas de suas prerrogativas pela globalização, não estão, eles próprios, carentes de poder? As eleições para prefeito de Paris e a do presidente dos Estados Unidos não são objeto de relatórios do ODHIR por fraude eleitoral, mas será que podemos nos considerar exemplares?
À pergunta “Quem será o próximo presidente?”, a população de Tirana, lúcida, responde: “Vá perguntar à embaixada norte-americana”
A população sofre com a corrupção dos políticos, funcionários, juizes, médicos etc. que grassa na sociedade. À venalidade soma-se o crime organizado que desagrega o país: “A exportação barata de carne branca ou negra é intolerável. Esses são problemas que existem no cotidiano da Albânia e quem busca tirar proveito dessa situação são os exploradores sem escrúpulos6“, insurge-se Zheiji.
São três as razões que explicam por que a Albânia se tornou uma escala na rota dos tráficos mafiosos. Sua situação geográfica, no entroncamento dos tráficos que vêm do Oriente e da Rússia para a Europa ocidental pela Grécia, Macedônia e Kosovo, e depois pelo mar Adriático, o Montenegro e a Bósnia. Sua situação econômica: a miséria é um terreno fértil para a criminalidade. É o que diz um dirigente político que não tem papas na língua: “Na virada da década de 90, as pessoas não tinham mais nada, não tinham futuro, estavam à beira-mar e tinham barcos e a esperança estava do outro lado; ao transportar clandestinos, simplesmente obedeceram à lei da oferta e da procura!” Outros tráficos se seguiriam. Terceira razão, um terreno propício: as máfias italiana, eslava, grega, turca e kosovar implantaram-se neste país desamparado onde encontraram os códigos de honra, as regras patriarcais e clânicas, que são os fundamentos de todas as máfias.
Criando um “novo inimigo”?
Diante dessa resistível ascensão de uma organização do crime balcânico ligada – nas palavras de Berisha – às mais perigosas organizações criminosas estrangeiras, inclusive as colombianas, e fortalecidas, segundo Fatmir Mediu, presidente do Partido Republicano, “pelo pós-11 de setembro, quando as redes mafiosas e terroristas recuaram para regiões e países instáveis”, que medidas adequadas foram adotadas? 48% do programa europeu CARDS para a Albânia (praticamente o dobro do que se atribui ao desenvolvimento econômico e social) é destinado a questões de justiça e de segurança interna.
Uma prioridade, sem dúvida, mas a Albânia não passa de uma peça nessa luta e combater o crime organizado implica o envolvimento numa guerra que vai além de suas fronteiras. Como as vias marítimas são mais permeáveis, seria preciso cortar as vias de acesso terrestres a todos os Bálcãs e a guerra contra a indústria do crime deveria ser estendida aos países consumidores. Caso contrário, adverte Ruli, “não gostaria de parecer um profeta agourento, mas se não desencadearmos uma guerra, não deve ser excluída a possibilidade de que os Estados balcânicos se tornem uma região onde, como na América Latina, cartéis mafiosos detenham o poder. Seria muito grave para nós, mas também para a Europa e para os Estados Unidos”.
Assim, comparar os albaneses ao símbolo do mal, aos padrinhos da máfia internacional, é entendido como uma injustiça pela população e pela diáspora – ambas vítimas dessa imagem – como se o Ocidente tivesse necessidade de criar um novo inimigo.
O dinheiro dos contribuintes europeus
“Se queremos avançar na idéia de democratização, é necessário superar modelos impostos”, diz Nano: a democracia não se impõe por um toque de mágica
A Albânia passou por uma transição tortuosa, perpassada por violentas crises internas, e pagou seu tributo pelos efeitos da implosão da ex-Iugoslávia. Atualmente, constata Ruli, “o grande problema é a vitalidade econômica da Albânia – ao contrário de outros países da região, há uma grande diferença, que é a ausência de fatores de desenvolvimento importantes, como investimentos estrangeiros insuficientes e a falta de desenvolvimento tecnológico. Ora, não pode haver desenvolvimento sem novas tecnologias”.
Isto implicaria supor que os Estados Unidos e a Europa tivessem outras ambições além do Pacto de Estabilidade7 – que não passou de poeira nos olhos, provocando uma concorrência acirrada entre os destinatários. E que fosse posto fim aos diagnósticos dos Diafoirus da economia liberal: “A reestruturação do setor energético deve ser prioridade para as autoridades. A ausência de progresso nesse setor só faria agravar ainda mais a situação, pesaria enormemente sobre o desenvolvimento econômico durável do país e comprometeria, conseqüentemente, a implantação de um futuro acordo de estabilização e de associação8.”
A busca arriscada da globalização
A Albânia é ideal para o tráfico: as máfias italiana, eslava, grega, turca e kosovar implantaram-se no país, que tem códigos de honra e regras de clãs
Do ponto de vista do FMI e do Banco Mundial, na opinião de Mediu, existe uma “tendência a levar essencialmente em conta dados macroeconômicos, o que não dá uma visão real da economia albanesa”. Os governos executam as políticas inseridas em esquemas preconcebidos para “serem bem vistos” nas instâncias internacionais. Mas as políticas de ajuste estrutural, que prevaleceram durante quinze anos, foram um fracasso por toda parte. Quando se dará, então, uma chance aos pequenos países de decidirem uma estratégia de desenvolvimento coerente? Caso contrário, será dada razão ao velho provérbio: “As riquezas do país não estão na terra, mas no pão; de uma terra que não produz, os povos querem fugir.”
Daí a preocupação de Ruli: “Como todos os outros países do antigo bloco soviético, os Bálcãs passam por uma transição pós-comunista, mas nos países balcânicos há também o problema da modernização da sociedade e do desenvolvimento. Ora, no lugar do desenvolvimento econômico necessário, assiste-se, e isso em todos os Bálcãs, a um processo de desindustrialização, a uma volta à situação agrária, a uma deterioração da qualidade do capital humano e nossas sociedades se desqualificam mais ainda com o fenômeno trágico da fuga de cérebros.”
Para explicar as desgraças na região dos Bálcãs, atribuiu-se um enorme peso a motivos internos. Seria útil reconhecer os fracassos da Europa e dos Estados Unidos. Tirana não é Roma, Paris, Londres ou Berlim: aqui não há protestos contra o liberalismo econômico nem contra as superpotências, mas na rota entre Oriente e Ocidente, na divisa dos mundos bizantino e cristão, no que foi a fronteira que separava Leste e Oeste, a Albânia reivindica ser parte da Europa. Transbordando de miragens, mas repleta de frustrações, busca uma saída nas malhas da máquina de exclusão da globalização.
(Trad.: Celeste Marcondes)
1 – Ler “L?Albanie est toujours isolée”, L?Autre Journal, abril de 1992.
2 – Ler, de Ibrahim Warde, “De la Russie à l?Albanie, le vertige de l?argent facile”, Le Monde diplomatique, abril de 1997.
3 – O equivalente a 60% do orçamento do Estado.
4 – Ligado à Organização para a Segurança e Cooperação na Euro