A tragédia do Rio Grande do Sul é vista como uma oportunidade única para a obtenção de vultosos lucros por parte de setores do grande capital, sob a batuta dos neoliberais. A reconstrução do estado, especialmente de Porto Alegre, envolve novas moradias, escolas, postos de saúde, hospitais, ruas, estradas, pontes; enfim, um novo urbanismo. Tudo isso atrai o olhar e o interesse de grandes empresas, especialmente do setor da construção civil e gestão de serviços públicos, que acionam suas relações com o poder municipal para viabilizar contratos de emergência, privatizações e a transferência de instituições públicas para a gestão privada. São muitos bilhões de reais postos à disposição do prefeito de Porto Alegre, das demais prefeituras afetadas e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Esse dinheiro, sem dúvida, é necessário para enfrentar o maior desastre ambiental já vivido no Brasil, mas ele precisa ser destinado para atender…