Madri se levanta contra os massacres em Gaza
O apoio do poder espanhol à Palestina explica-se pelo compromisso de longa data nesse tema das forças que compõem a coalizão governista. Entretanto, ele também se fundamenta em uma tradição histórica singular, que, por exemplo, levou correntes fascistas a defender o ensino do árabe nas escolas
Desde o início da devastadora guerra lançada por Israel em Gaza, em resposta aos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, Madri defende os palestinos, o que atraiu a fúria do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A Espanha se impõe, portanto, como um ator diplomático singular na Europa. A coalizão que governa o país se destaca no cenário europeu e internacional. No âmbito do Executivo, o presidente do governo, Pedro Sánchez, oriundo do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), apoia-se na coalizão Sumar, à sua esquerda, que reúne a Izquierda Unida (IU), o Partido Comunista da Espanha (PCE) e diversas formações progressistas regionais. Sua maioria parlamentar inclui o Podemos – que esteve no governo de 2020 a 2023, mas que rompeu com o Sumar – e formações independentistas bascas e catalãs. Todas essas forças, de acordo com diferentes modalidades e níveis de engajamento, apoiam a resistência do povo palestino por…