Miscelânea
MIL OLHOS, MIL BRAÇOS: RELATOS DE UM PUNK ANTROPOFÁGICO NA CHINA VERMELHA Ale Amazonia, Autonomia Literária Desde que cheguei à China, há cerca de um ano, me sinto de ressaca. Uma ressaca daquelas em que você tem dificuldade em raciocinar em razão de uma fraca, mas constante dor de cabeça e uma lentidão no pensamento. Carrego junto desse sentimento aquele ar e sorrisinho sacanas da satisfação de que a noitada valeu a pena. Ao me convidar para ler Mil olhos, mil braços, Ale Amazonia me chamou, na verdade, para viver com ele a embriaguez e a ressaca de morar por aqui. Eu não sei definir isso melhor. Essa experiência se tornou ainda mais interessante pela forma como ele mostrou um país que vai muito além do lugar-comum que é a China da modernidade e da tecnologia, com sua história milenar dos intelectuais e do império. Ale expôs suas estranhas a…