Novos rostos, antigas disputas
O segundo turno das eleições presidenciais em 15 de outubro – opondo liberalismo verde a desenvolvimentismo cinza – não deve pôr fim à tensão entre Estado e movimentos indígenas das últimas décadas
Em 20 de agosto, o Equador realizou eleições gerais antecipadas para a presidência da República e a Assembleia Nacional. O pleito foi convocado em maio pelo atual presidente, Guilherme Lasso, que encurtou seu mandato e destituiu o Parlamento para evitar um impeachment. O partido de oposição Revolución Ciudadana, liderado pelo ex-presidente Rafael Correa, elegeu a maior bancada na Assembleia. Sua candidata presidencial, Luisa González, foi para o segundo turno com 33,3% dos votos e enfrenta, em 15 de outubro, Daniel Noboa, da Acción Democrática Nacional, que recebeu 23,3%. Opõem-se a continuidade de uma agenda neoliberal cada vez mais violenta e a volta de um projeto reformista constrangido por demandas ambientais e pressões indígenas. Transferência de Poder Presidencial, juramento e posse como Presidente Constitucional da República do Equador por Guillermo Lasso. (Foto: Equipe de Fotografia / Assembleia Nacional) A guinada neoliberal Eleito sucessor de Correa para manter…