O enigma dos “matadores loucos”
Há cerca de vinte anos, um grupo de “assassinos loucos” semeou o pânico e a morte na Bélgica. Depois, evaporaram-se. Nada sobre sua identidade ou motivação. Gângsteres ou terroristas? Até hoje, ninguém sabeSergio Carrozzo
No início da década de 80, poupados da violência que agitava a França, a Alemanha e a Itália, os belgas viviam dias tranqüilos, perturbados apenas pelas querelas da velha dupla formada por flamengos e francófanos. Mas, parafraseando Michel de Ghelderode1, a morte espreita, discreta e sedenta, pela janela.
No momento em que elege uma equipe dirigente de direita2, truculenta, a imagem do reino onde nada acontece começa a se trincar: indivíduos de extrema-direita incendeiam a sede do Pour, um semanário de esquerda; ativistas de uma milícia neonazista, a Westland New Post, roubam telex da Otan classificados Top Secret