O lobo, protegido ou nocivo?
Desde 1992, os lobos recolonizam, de forma conflituosa, a França. Erradicados nos anos 1930, hoje eles se beneficiam do êxodo rural, do reflorestamento e da abundância de presas selvagens. Esse predador primordial sempre foi alvo de medos sem fundamentos que deveriam ser combatidos por um programa nacional de ação
Espécie protegida pela Convenção de Berna (1979) e pela Diretiva Habitats Fauna Flora da União Europeia (1992), o lobo se beneficia legalmente de uma rigorosa proteção e não representa perigo para os seres humanos. Decisões só em último caso devem permitir a eliminação de espécimes com o objetivo de evitar danos importantes aos rebanhos domésticos. Há trinta anos, o Estado recorre a meios consideráveis para garantir a coexistência entre esses canídeos e a criação de outros animais – em torno de 30 milhões de euros, se considerarmos somente o ano passado.1 Essa situação comprova o reconhecimento dos esforços para a proteção de rebanhos pela maioria dos criadores de animais no quadro de um programa nacional de ação. Cerca de 75% das produções que correm o risco de ataques sofrem apenas um ou dois por ano, graças fundamentalmente à intensificação da vigilância, à instalação de cercas e aos cães de guarda.…