Obama e a ameaça das armas nucleares
A proposta dos Estados Unidos de reduzir o número de ogivas nucleares estratégicas – de 2.200 para 1.500 – desapontou os partidários do desarmamento. A Rússia declarou que estava pronta para baixar para mil a quantidade destas armas com o fim de reduzir seu orçamento dedicado à defesa
Algumas palavras eloquentes bastaram para que o presidente Barack Obama se qualificasse para a obtenção do Prêmio Nobel da Paz e se tornasse, ao mesmo tempo, herói dos militantes do desarmamento e vilão dos fanáticos pelas armas nucleares. Quando prometeu renovar e estender os acordos concluídos com a Rússia sobre o controle das armas nucleares – conhecidos pelo nome de Tratados de Redução de Armas Estratégicas (Strategic Arms Reduction Treaty, START)1, que diminuiriam modestamente os arsenais dos dois países, aqueles últimos não se surpreenderam2. Mas, esses “verdadeiros crentes”3 ficaram preocupados quando ele declarou, em Praga, no dia 5 de abril de 2009: “Reduziremos o papel das armas nucleares em nossa estratégia de defesa nacional”. Ainda mais porque o presidente havia acabado de iniciar a oficial “Reavaliação da Política Nuclear” (Nuclear Posture Review, NPR), que ocorre com a chegada de toda nova administração. Quando Obama repetiu a declaração, praticamente com as…