Os bombeiros piromaníacos do anti-semitismo
Ateando mais fogo à intolerância, membros da comunidade judaica da França apelam para difamação, tachando de anti-semitas jornalistas e pesquisadores insensíveis ao charme do primeiro-ministro Ariel Sharon, como o sociólogo Edgar MorinDominique Vidal
“Lobby judeu”. Até o momento, na França1, só a extrema-direita utilizava essa expressão que, em duas palavras, resume todos os fantasmas anti-semitas: as finanças judaicas, a mídia judaica, o poder judaico, em síntese, uma versão modernizada dos Protocolos dos Sábios de Sião2. Entretanto, eis que, pela primeira vez, é encontrada na escrita de uma personalidade judia: Elisabeth Schemla, fundadora do site proche-orient.info após ter sido editora no Nouvel Observateur, depois colaboradora de Edith Cresson em Bruxelas, autora, enfim, de um livro muito pouco crítico – trata-se de um eufemismo – em relação ao general Ariel Sharon3.
O proche-orient.info não tem medo de grandes aberturas: de fato, esse site prega um laicismo intransigente ao mesmo tempo em que defende medidas comunitárias. Mas, no dia 25 de fevereiro de 2004, no editorial, sua diretora caiu…do lado para o qual se inclinava. Depois da haver saudado de modo muito confuso o anúncio (prematuro, aliás) da não difusão, na França, do filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, a recusa do Olympia em aceitar apresentar o espetáculo do cômico Dieudonné e a proibição feita a Leila Shahid, delegada geral da Palestina na França, de usar a palavra num colégio de Nice, ela comentava: “São organizações francesas judaicas que, uma após outra, dirigiram o tumulto e, em nome da República, tiveram ganho de causa após muitas outras vitórias durante o ano de 2003.” E continuava acrescentando: “Personalidades de prestígio e, pretensamente, todo-poderosas cedem lugar a dirigentes, associações e instituições que sabem, cada vez melhor, fazer-se ouvir pelos poderes públicos.” Título dessa ardente defesa e ilustração da censura: “Na França, nascimento de um lobby judeu no sentido pleno e respeitável do termo”…
Chantagem do anti-semitismo
Nunca as “outras vozes judaicas” foram tão numerosas ao contestar os se aproveitam do sentimento de medo que sentem muitos judeus
Alguns dias antes, um colaborador do site em questão, Sylvain Attal, publicava um livro4, em que o último capítulo se intitula: “Um lobby? Vamos ver!” (Un lobby ? Chiche!). “Até agora”, escreve ele, “os representantes da comunidade judaica mostraram-se reticentes ou claramente hostis a essa idéia, temendo que possa alimentar o anti-semitismo ou, pelo menos, a crítica de comunitarismo. Hoje, parece que eles evoluíram. [O presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (CRIF)] Roger Cukierman afirma não estar assustado com a idéia: “Se há um lobby, é porque somos atacados.”. E é Attal quem enuncia os sucessos obtidos pelo referido lobby, tanto na França quanto no âmbito da União Européia. Um exemplo: a Sra. D., “uma lobbyista que circula no meio industrial, pró-israelense convicta”, teria contribuído para impedir que o Ministério das Relações Exteriores nomeasse para Tel-Aviv um embaixador considerado pró-árabe. “Circunstância agravante em sua opinião: ele é casado com uma muçulmana de origem argelina5“…
Na verdade, essa nova radicalização dos incondicionais de Israel reflete sua fragilidade mais do que sua força: a campanha em que se engajaram, há mais de três anos, fracassou quanto ao essencial. Que objetivos tinham eles ao recorrerem à arma – uma das mais perigosas – da chantagem ao anti-semitismo? Fazer com que se calassem as vozes dissidentes entre os judeus da França, ter mais peso sobre a mídia e, desse modo, influir sobre a opinião pública ou até mudar a orientação da política externa da França6. E não pouparam os meios: difamação de jornalistas e de pesquisadores insensíveis ao charme do primeiro-ministro Ariel Sharon, manifestações agressivas diante da sede de qualquer veículo considerado “hostil”, uma série de ações violentas7 por parte dos extremistas de direita do Betar e da Liga de Defesa Judia (Ligue de défense juive – LDJ), sem esquecer a multiplicação dos processos contra intelectuais apresentados como “anti-semitas”… Essa ofensiva em todos os sentidos e que utiliza todos os meios prossegue, infelizmente, mais agressiva que nunca.
Praticas fascistizantes
Classificar uma pesquisa de anti-semita é surpreendente. Quem é visado? Os pesquisadores ou os pesquisados ? As perguntas ou as respostas?
Assim, os grandes braços da extrema-direita judaica não abandonaram suas práticas fascistizantes. No dia 30 de dezembro de 2003, um comando mascarado e armado com barras de ferro e socos ingleses feriu membros da Associação Geral dos Estudantes de Nanterre (AGEN) em pleno tribunal administrativo. E os agressores tentariam recomeçar, no dia 21 de janeiro de 2004, no final de uma reconstituição feita pela polícia…
Em matéria de ofensa, tem-se também um verdadeiro festival. Ainda em relação ao proche-orient. Info8, Alexandre Adler, questionado sobre Tariq Ramadan, declarou-se “muito mais chocado com traidores judeus, como os Brauman e outros”. Numa transmissão direta de uma rádio comunitária9, Alain Finkielkraut tachou de “anti-semitismo judeu” o cineasta israelense Eyal Sivan, o qual é suspeito por ele de querer “matar”, “liquidar” e “fazer desaparecerem” seus correligionários10. Quanto a Pascal Boniface, diretor do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (Institut de relations internationales et stratégiques – IRIS), ele “deu ainda um grande passo – segundo a publicação mensal L?Arche11 – na direção que leva da crítica racional de Israel ao ódio irracional dos judeus”…
Os inquisidores judeus
Mesma escalada na ordem jurídica. É verdade que o advogado Gilles-William Goldnadel perdeu todos os seus processos contra Raymonda Tawil, Témoignage chrétien, Daniel Mermet, Michèle Manceaux e, recentemente, o jornal Ras l?Front. Qual o crime do último? Ter esclarecido a biografia do ideólogo Alexandre Del Valle que, repentinamente, passou da extrema-direita antiamericana e anti-sionista à direita… da comunidade judaica.
A chantagem ao anti-semitismo banaliza evidentemente… o anti-semitismo, cujas formas novas devem preocupar
Entretanto, essas decepções não desanimaram o advogado. Eis que ele se volta contra o sociólogo Edgar Morin, contra a escritora Danièle Sallenave e contra o deputado europeu Sami Naïr, acusados de “difamação racial” por haverem escrito, no dia 4 de junho de 2002, no Le Monde: “É difícil pensar que uma nação de fugitivos, nascida do povo que foi perseguido por mais tempo na história da humanidade, que sofreu as piores humilhações e o pior desprezo, seja capaz de se transformar, em duas gerações, em ?povo dominador e seguro de si?.” O advogado, felizmente, não advogava em 1967: ele teria, seguramente, levado o general de Gaulle diante dos tribunais12!
Mas deixemos de lado os grandes feitos de nossos inquisidores, pois eles os multiplicaram em vão. Enquadrar os judeus da França? Nunca as “outras vozes judaicas” – para parafrasear o título de uma petição bem sucedida13 – foram tão numerosas. Até dentro do CRIF, onde personalidades reconhecidas – de Théo Klein a Alain Jacubowicz, passando por Michel Zaoui e Patrick Klugman – contestam, em diferentes graus, o atual presidente e, fora dele, o confisco do Conselho por extremistas que se aproveitam do sentimento de medo que sentem muitos judeus.
O sentido inverso
Pressionar a mídia? Se a imprensa tende a reduzir o conflito israelo-palestino aos atentados-suicidas, nada indica que, no fundamental, ela tenha modificado sua orientação que, no conjunto, é principalmente equilibrada. Fazer a opinião pública se mexer? Se há algum movimento desde o desencadeamento da segunda Intifada, ele se orienta no sentido inverso, como demonstram – depois daqueles de muitas feitas na França – os resultados da pesquisa européia publicada em novembro de 2003.
No Livro Branco publicado em 2002 destaca-se, antes de tudo, a ausência de anti-semitismo de massa entre os jovens de origem magrebinaa
O assunto, as pessoas se lembram disso, provocou escândalo: 59% dos cidadãos ouvidos nos Estados membros da União consideravam Israel como “o país que mais ameaça a paz mundial”. Jornais israelenses, imediatamente seguidos na França, alertaram contra o anti-semitismo. Classificar uma pesquisa de anti-semita é surpreendente. Quem é visado? Os pesquisadores ou os pesquisados ? As perguntas ou as respostas? Em todo caso, um jornal de Tel-Aviv teve a coragem de informar seus leitores sobre os resultados de uma outra pesquisa de opinião, na qual 85% dos franceses (isto é, dez pontos a mais que em 1998) expressavam sua “simpatia” pelos judeus14. O detalhe dos números, evidentemente aleatórios, importa menos que essa demonstração implacável: uma maioria pode rejeitar a política do Estado de Israel sem, no entanto, ser hostil aos judeus, ao contrário.
Números assustadores
Se o fracasso dessas campanhas tem motivo para alegrar os partidários da paz no Oriente Médio e, ao mesmo tempo, os adversários do comunitarismo – tanto judeu quanto muçulmano – nem por isso nos tranqüiliza. Porque a chantagem ao anti-semitismo banaliza evidentemente… o anti-semitismo, cujas formas novas devem preocupar. Do mesmo modo que, quando a floresta está em chamas, alguns bombeiros se revelam piromaníacos.
Evidentemente, o anti-semitismo como corrente política foi marginalizado na França, como confirmou o relatório da Comissão Nacional Consultiva dos Direitos Humanos (CNCDH) sobre o ano de 200215. Mesmo a tendência a uma certa “libertação da palavra” anti-semita, observada pela pesquisadora Nonna Mayer até 2000 – “como se a situação explosiva no Oriente Médio e a reprovação suscitada pela política de Israel nos territórios refletissem negativamente sobre a imagem de todos os judeus” – se inverteu entre 2000 e 2002, “como se as repetidas ações violentas contra a comunidade judaica, longe de atiçar ou de banalizar o anti-semitismo, tivessem feito tomar consciência do perigo que ele representa”. Um ano antes, no Livro Branco16 publicado em 2002 pela União dos Estudantes Judeus da França (UEJF) e pelo SOS-Racismo, o diretor dos estudos políticos da Sofres, Philippe Méchet, destacava “antes de tudo, a ausência de anti-semitismo de massa entre os jovens de origem magrebina”. Segundo o relatório da CNCDH sobre 200317, de 93 autores de ações violentas e de ameaças anti-semitas interpelados, 18 eram de origem magrebina.
A porcentagem das agressões anti-semitas no total dos atos racistas passou, em um ano, de 60% a 72%, demonstrando que a violência contra a comunidade judaica se enraíza e se agrava
Os números do Ministério do Interior não deixam de ser assustadores: de 2001 a 2002, o número de “atos racistas” multiplicou-se por mais de quatro, e o dos “atos anti-semitas”, por seis. Felizmente, esse crescimento – segundo a CNCDH – foi acompanhado, em 2003, por uma redução, respectivamente, de – 40% e – 35,9%. Mas a porcentagem das agressões anti-semitas no total dos atos racistas passou, em um ano, de 60% a 72%. Donde a seguinte avaliação do relatório: “A violência contra a comunidade judaica se enraíza e se agrava”. Muito diferente, no entanto, das afirmações difamatórias do ministro israelense encarregado das relações com a diáspora, Nathan Charansky, que havia falado de uma duplicação dos atos anti-semitas no ano anterior18! Ainda mais que a mídia, às vezes, classifica algumas agressões com esse rótulo sem ter certeza do fato – como foi o caso do incêndio na escola judaica de Gagneux ou da questão do colégio Montaigne19.
Pretexto para a delinqüência
Quem comete essas agressões contra lugares de culto e de ensino judaicos, mas também contra pessoas? O relatório de 2002 da CNCDH – como o seguinte – retoma os dados fornecidos pelas informações gerais. A segunda Intifada e sua repressão “levaram muitos jovens a ostentar uma identificação com os combatentes palestinos, tidos como símbolos das exclusões de que eles próprios se consideram vítimas”. Do mesmo modo, “as hostilidades no Iraque, na primavera de 2003, foram acompanhadas de um aumento da violência anti-judaica”.
Os “adolescentes ou jovens adultos” presos, continua o relatório, “são, em grande parte, originários de bairros de situação difícil e onde residem seus pais, freqüentemente imigrantes da África do Norte”. Seus “modos de agir são, por outro lado, muito amiúde comparáveis aos que são utilizados nas ações de violência urbana ?clássicas?”. Suas ações violentas “suscitaram fortes condenações por parte dos dirigentes das comunidades muçulmanas da França, excetuando-se uma minoria de radicais islamitas cuja mensagem continua, entretanto, pouco audível para delinqüentes que, em geral, são impermeáveis às ideologias e que, habilmente, usam como pretexto a situação do Oriente Médio para dar livre curso à sua violência”.
Pouco audível, o discurso dos radicais islamitas não deixa de ser perigoso à medida que alguns poderiam encontrar nele uma legitimação. Ora, imãs, sites da Internet, jornais, livros difundem, aqui e ali, seu ódio. Isso é tão verdadeiro que, desde o fim de 2001, o filósofo Tariq Ramadan conclamou seus correligionários a “serem honestos e [a] irem até o fim da análise do fenômeno: como se vê através do mundo muçulmano, existe hoje, na França, um discurso anti-semita que tenta tirar sua legitimidade de alguns textos da tradição muçulmana e que se sente confortado pela situação na Palestina. Esse discurso – prosseguia ele – é igualmente veiculado por intelectuais ou por imãs que, em cada obstáculo, nos meandros de cada derrota política, vêem a mão manipuladora do ?lobby judeu?. A situação é demasiado grave para se satisfazer com frases de circunstância. Os muçulmanos, em nome de sua consciência e de sua fé, têm obrigação de tomar uma posição clara […]. Nada no Islã pode legitimar a xenofobia […]. O que se tem que dizer com força e determinação é que o anti-semitismo é inaceitável e indefensável20“.
Crescimento da violência social
O racismo é indivisível, como também a luta contra ele. Se ignorasse isso, o movimento social daria o chicote para se fazer espancar
Em resumo, como se vê, a França não está então diante do “Ano de Cristal” de Alain Finkielkraut nem da “nova judeufobia” de Pierre-André Taguieff21, mas, antes, diante desse “crescimento de violência social” diagnosticado de saída pelo ex-presidente do CRIF, Théo Klein. Tendo como terreno principal os guetos de desemprego, de miséria onde vegeta, sem a menor esperança de futuro, uma parte da juventude popular e, em primeiro lugar, aquela oriunda da imigração. Se é necessário combater aí, como no resto da sociedade, toda forma – a fortiori violenta – de racismo e de anti-semitismo, convém também, mais amplamente, atacar as raízes do mal. Donde a importância da convergência entre as forças democráticas tradicionais, os contestadores da globalização e os movimentos autônomos dos jovens dos bairros.
Decisiva tanto para uns como para outros, essa nova aliança alimenta-se não de coisas nebulosas, mas de clareza. Ao invés de opor a luta contra os racismos anti-judeus e anti-árabes, convém desenvolvê-la num mesmo movimento. Porque as mudanças na França, como a paz no Oriente Médio, implicam a mais ampla união possível. E se impõe a maior vigilância, dentro do próprio movimento, contra os preconceitos de uns e de outros.
Uma luta indivisível
Será possível tolerar por mais tempo, por exemplo, que judeus que usam kippa sejam agredidos no trajeto de uma manifestação contra a guerra do Iraque? Que uma inabilidade num artigo baste para denunciar como “anti-semitismo” e para demonizar Tariq Ramadan, a respeito de quem se sabe que denuncia o veneno judeufobo – e que os milhares de ouvintes de suas conferências através de toda a França podem testemunhar isso? Que se publiquem textos anti-judeus de um Israël Shamir, a pretexto de que seu autor, israelense, critica radicalmente a política de seu país?
Igualmente, será que se pode aceitar que a mídia estigmatize, a pretexto do véu, toda uma religião e suas centenas de milhares de fiéis, assimilados ao terrorismo, à intolerância e à opressão da mulher? Que a estrela de David seja colada a uma cruz gamada – como se a insuportável repressão dos palestinos pudesse ser comparada com o extermínio monstruoso de milhões de judeus, de ciganos, de doentes mentais e de “bocas inúteis” eslavas?
O racismo é indivisível, como também a luta contra ele. Se ignorasse isso, o movimento social daria o chicote para se fazer espancar. Por conseqüência, ele não poderia impedir nem o êxito do terrorismo intelectual nem desempenhar de modo pleno seu papel.
(Trad.: Iraci D. Poleti)
1 – O mesmo não se dá nos Estados Unidos, onde o Jewish lobby, que se classifica a si mesmo desse modo, é apenas um dos inúmeros grupos de influência que intervêm, oficialmente, junto às instituições.
2 – Inteiramente forjado pelos serviços parisienses da polícia tsarista e publicado na Rússia em 1905, esse texto, que descreve o pretenso complô dos judeus para dominar o planeta, serviu e ainda serve de pretexto para todas as propagandas anti-semitas.
3 – Ton rêve est mon cauchemar, Flammarion, Paris, 2001.
4 – La Plaie. Enquête sur le nouvel antisémitisme, Denoël, Paris, 2004. Observe-se que, entre algumas análises interessantes, o autor multiplica as acusações grotescas contra os intelectuais culpados… de não terem os mesmos pontos de vista que ele.
5 – La Plaie, op. cit.
6 – Ler Au nom de l?antisémitisme, Le Monde diplomatique, dezembro de 2002.
7 – A impunidade de que, aparentemente, se beneficia a maior parte dos autores dessas violências coloca um duplo problema: policial e judicial, porque eles são tão raramente presos, e menos ainda condenados; político, porque esses dois grupos, cuja atividade se resume essencialmente a agressões, deveriam, em virtude das leis francesas, ser pura e simplesmente dissolvidos.
8 – 13 de outubro de 2003.
9 – RCJ, 30 de novembro de 2003.
10 – Esse terrorismo intelectual teve conseqüências: uma projeção da Route 181, de Eyal Sivan e Michel Khleifi, foi suspensa no Centro Georges-Pompidou, no dia 14 de março, bem como uma outra d?Ecrivains des frontières, de Samir Abdallah e José Reynes, no cinema Utopia em Toulouse, no dia 25 de março.
11 – Setembro de 2003.
12 – O advogado Goldnadel persegue também Eric Hazan, diretor da editora La Fabrique, pela publicação de L?Industrie de l?holocauste, de Norman Finkelstein, um livro discutível sob alguns aspectos mas que não tem nada a ver com «difamação racial» nem com «incitação ao ódio racial» (cf. « Ambiguïtés », Le Monde diplomatique, abril de 2001)…
13 – O texto e os signatários podem ser encontrados em Le Monde, 17 de dezembro de 2003.
14 – Yediot Aharonot, 4 de novembro de 2003.
15 – La lutte contre le racisme et la xénophobie, 2002, Rapport d?activité, La Documentation française, Paris, 2003.
16 – Les Antifeujs, Calmann-Lévy, Paris.
17 – La lutte contre le racisme et la xénophobie, 2003, Rapport d?activité, La Documentation française, 2004.
18 – Essa declaração pode ser explicada, certamente, pelos res
Dominique Vidal é especialista em Oriente Médio e membro sênior da equipe editorial de Le Monde Diplomatique (França).