Os houthis desafiam os Estados Unidos
O apoio dos Estados Unidos a Israel na guerra iniciada contra Gaza no dia 7 de outubro e a recusa israelense em desmilitarizar a Península Arábica levaram os houthis a aumentar os ataques contra navios de carga e petroleiros ao longo da costa do Iêmen. Em resposta, os Estados Unidos tentam, sem grande sucesso, reunir uma coalizão internacional para proteger o tráfego marítimo e garantir o acesso ao Mar Vermelho e ao Canal de Suez
Desde o início da intervenção militar de Israel em Gaza, em represália ao sangrento ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, os houthis iemenitas filiados ao zaidismo, uma das três principais correntes do xiismo, intensificaram as ações de desestabilização do tráfego marítimo no Estreito de Bab al-Mandeb. Com 193 quilômetros de comprimento e 32 quilômetros de largura, essa passagem, que significa “porta das lamentações”, em árabe, separa a Península Arábica do Chifre da África, dando acesso ao Canal de Suez. Os rebeldes lançam drones equipados com cargas explosivas e mísseis contra navios de carga ou petroleiros, e organizam ações em helicópteros para capturar embarcações. “Para cumprir nosso dever religioso, moral e humanitário em apoio àqueles que foram injustiçados na Palestina e em Gaza”, explica Yahya Sarre, um dos porta-vozes dos houthis. Entre 19 de novembro e meados de fevereiro, foram mais de trinta ataques a transportadores.1 Sem acordo…
