Palavra 47
Nuvem carregada
A mim, ninguém oferecia um gole, ao velho que já passou do tempo. Mas eu não sentia. Minha boca, enrijecida, já se acostumara à posição de paralisia, lábios e gengivas endurecidas sem ambição alguma de falar
Aqui
A aventura intelectual chinesa
Anne Cheng consegue encontrar uma perspectiva equilibrada ou correta para apresentar aos ocidentais uma história do pensamento chinês
Aqui
Um mapa dos corações humanos (de São Paulo e do Brasil)
O começo do livro é engraçado, cheio de brincadeiras do tipo perco-o-leitor-mas-não-perco-a-piada
Aqui
Três minicontos
Não se dão conta do óbvio: partir de Marianna, por causa da própria natureza da cidade, significa voltar a ela
AquiRodrigo Gurgel
Do sonho/pesadelo de Diego Viana despencam visões apocalípticas. A concretude das imagens, entretanto, nos leva a uma realidade palpável, quase uma antevisão do futuro humano.
Antonio Carlos Olivieri analisa o livro da franco-chinesa Anne Cheng, professora do Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais de Paris. Mais que uma história da filosofia chinesa, Cheng pretendeu elaborar uma História do pensamento chinês, obra que se desvinculasse dos métodos lógicos ocidentais e, seguindo a trilha de seu objeto de estudo, livre de injunções, procedesse não “de maneira linear ou dialética e sim em espiral”.
Fábio Fernandes escreve sobre O Livro Amarelo do Terminal, de Vanessa Bárbara, coletânea de histórias dos personagens que, de algum modo, estão ligados ao Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. Segundo Fernandes, a obra apresenta “momentos inesperadamente comoventes”.
Cláudio Parreira apresenta três pequenas narrativas repletas de nonsense. Irônicas, às vezes sutis, às vezes nem tanto, as histórias de Parreira nascem de um mundo absurdo. E talvez exatamente por essa razão espelhem o nosso cotidiano.
Rodrigo Gurgel, editor.