A conjuntura marcada pelo desmanche de garantias fundamentais, conservadorismo cultural, austeridade com a cidadania e generosidade com grandes atores do mercado também tem impactos negativos sobre a vida cotidiana das populações urbanas. O lado mais dramático dessa descida morro abaixo é a volta da violência e da pauperização extrema e a naturalização de violações de direitos. Por outro lado, o conservadorismo é reativo, não consegue dar respostas satisfatórias à sociedade. O caso do Rio de Janeiro, cuja violência se mantém mesmo com intervenção militar, é sintomático. São Paulo não está muito diferente, vive amarga frustração com um gestor não político que cortou linhas de ônibus e passe livre estudantil, desidratou conselhos participativos, regrediu na zeladoria, mas dobrou verba de publicidade e deixou a Prefeitura depois de se projetar no cenário estadual. A evidência de que estamos vivendo o fim de um ciclo político, econômico e social não vem apenas dos…