Significado e dimensões do agronegócio na economia brasileira
Há toda uma publicidade colocando o ator político que se autodefine como “agro” como uma espécie de campeão da economia em todos estes domínios: comércio externo, PIB, geração de emprego, arrecadação tributária e oferta de alimentos. No entanto, o que dizem os números?
A pergunta sobre as dimensões econômicas da economia do agronegócio no Brasil precisa sempre ser precedida pela elucidação do(s) significado(s) desse fenômeno de economia política, mas também de propaganda e marketing, que, por vários anos, se autoproclamou símbolo da totalidade, com claras pretensões míticas. O leitor certamente tem curiosidade em conhecer as dimensões reais desse fenômeno – no comércio externo, no PIB, na geração social de emprego, na arrecadação tributária e na oferta dos alimentos da cesta básica salarial. Há toda uma publicidade colocando o ator político que se autodefine como “agro” como uma espécie de campeão da economia em todos esses domínios, ora apresentado como novo setor de atividades, ora como ator político estratégico, a ponto de dominar a pauta das políticas agrícola, fundiária e de comércio exterior por todo o século XXI, exercendo clara hegemonia sobre sete períodos presidenciais (FHC II, Lula I, Lula II, Dilma I, Dilma…
Essa tal de economia só encontra razão de ser na cultura do venha a mim e os outros que se danem. Por não pensar, o povo come, bebe e respira veneno enquanto esperneia no axé e no futebola ou vai à igreja enquanto fortunas imensas são carreadas para usurários que por não terem o que fazer com tanto dinheiro inventam de explorar o universo em busca de lugar limpo para morar. Está tudo absolutamente tudo errado e não é preciso nada mais para saber disso do que pensar se vale a pena destruir os recursos naturais de que depende a vida por imensas fortunas cujo fim é multiplicar-se no cassino financeiro.