Os governos e as ruas
A polarização do último ano de governo Dilma perdura. Mesmo se houvesse pauta comum, o fosso que separou famílias, amigos, colegas de trabalho em dois continentes políticos é profundo. Alguém será capaz de lançar uma ponte?
A polarização do último ano de governo Dilma perdura. Mesmo se houvesse pauta comum, o fosso que separou famílias, amigos, colegas de trabalho em dois continentes políticos é profundo. Alguém será capaz de lançar uma ponte?
O complexo financeiro-empresarial não tem opção partidária, não veste nenhuma camisa na política, nem defende pessoas. Sua intenção é tornar as leis e a administração do país totalmente favoráveis para suas metas de maximização dos lucros.
No dia 31 de agosto de 2016, o Senado brasileiro votou pela destituição da presidenta Dilma Rousseff. A chegada ao poder do vice-presidente, o conservador Michel Temer, coloca a esquerda diante de uma dupla frente de luta: as extravagâncias do Partido dos Trabalhadores abalaram sua credibilidade antes mesmo de a direita partir para a ofensiva
Se nós, católicos, pretendemos atrair os pobres aos nossos templos e comunidades, só nos resta um caminho: evitar qualquer combate às Igrejas evangélicas, como estigmatizá-las com a pecha de “seitas”; dialogar ecumenicamente com seus fiéis e pastores; recriar espaço pastorais onde os pobres se sintam em casa como anteFrei Betto
Diante da mobilização maciça das polonesas em outubro, o partido Direito e Justiça (PiS), atualmente no poder, renunciou ao projeto de estender a proibição do aborto aos casos de estupro e má-formação. A Polônia já tinha anulado a liberdade de escolha em 1993.
A estratégia de contenção de Erdogan para enfrentar o tradicional domínio dos militares sobre a vida política turca não impediu o golpe de julho. Vitorioso após essa prova de força, o presidente lançou uma vasta operação de expurgo para consolidar seu poder.Sümbül Kaya
Apresentando-se como novidade diante da derrocada do pacto social lulista, nosso liberalismo contemporâneo constitui, na verdade, uma reprodução em versão atualizada da natureza histórica conservadora e antidemocrática do liberalismo à brasileira – da convivência com o escravismo no século XIX ao golpismo neoliberalFabio Mascaro Querido
Direita reacionária ou direita ultraliberal? A opção dada aos peruanos no segundo turno da eleição presidencial, em 5 de junho, marca uma nova etapa da virada conservadora na América Latina.Amanda Chaparro
Após vencer as eleições de 2015, o partido conservador polonês Lei e Justiça (PiS) multiplica manifestações de autoritarismo. Enquanto isso, a Comissão Europeia lançou um “procedimento de salvaguarda do estado de direito”. Maltratados por 25 anos de ultraliberalismo, eleitores do PiS parecem seduzidos por promessasCédric Gouverneur
Essa história tem larga tradição entre nós. Ela funciona do mesmo modo desde o começo do século XX – quando o Brasil começou a se transformar em sociedade urbana e industrial – e reúne os mesmos elementos: imprensa conservadora, setores moralistas da classe média e interventores da ordem constitucionalJessé Souza
O que embasa o desejo de queda do atual governo federal é, pura e simplesmente, um neofascismo de péssimo odor e calcado no mais genuíno ódio. A aceitação de um dos pedidos de impeachment protocolados na Câmara Federal pelo nefasto presidente da Casa, o deputado Eduardo Cunha (PMDB), é a prova inconteste dissoHelcio Kovaleski
Dados revelam que o Brasil é um país de extrema desigualdade e também um paraíso tributário para os super-ricos, que combina baixo nível de tributação sobre aplicações financeiras, uma das mais elevadas taxas de juros do mundo e uma prática pouco comum de isentar a distribuição de dividendos de imposto de renda na pessSérgio Wulff Gobetti e Rodrigo Octávio Orair