O esforço reiterado e antigo por justificar publicamente a tortura e a execução arbitrária, dentro de uma ordem constitucional que as interdita, a recusa da humanidade no diferente, a promoção pública do abjeto, as práticas espontâneas e estratégicas para tornar indistintos autoridade e autoritarismo, convidaram-me a pensar com Hannah Arendt. Estendo, então, o convite ao leitor, sabendo que não estaremos sós nem a sós em sua companhia. Arendt tem sido, afinal, referência constante em mídias sociais e artigos de opinião.