Elza Soares, 87 anos, canta em busca da natureza que melhor lhe caia. Uma que seja sua cara, cuspida e escarrada, na qual a verdade apareça garimpada até não sobrar nada. Em seu novo álbum intitulado Deus é mulher, mostra os desejos e anseios da intérprete carioca: “A gente ainda esconde muito nossa cara, então esse trabalho é um pedido: venham, saiam, busquem, gritem”
“Quero ver as pessoas falando. Não se pode falar com medo. Quando falamos com medo, deixamos a boca meio fechada, sem certeza do que se está dizendo. É por isso que eu digo: “O meu país é meu lugar de fala” [“O que se cala”]. Uso a minha voz para dizer o que cala, como uma maneira de me expressar, gritar.”
Confira a entrevista em sua versão para edição de impressa em:
https://diplomatique.org.br/eu-gozo-com-as-musicas-desse-disco-afirma-elza-soares/
Entrevista realiza no dia 17 de maio de 2018.
Imagens do show com participação do Ilu Obá De Min gravadas no Sesc Pinheiros, São Paulo
Agradecimento ao Sesc Pinheiros