Um sentido para o trabalho, mas qual?
Levantar-se, tomar um café, entrar apressado em um carro, no metrô ou no trem. Trabalhar, ganhar o dia, voltar para casa, repetir… Por quê? Para quem? E se o desconcerto que o trabalho provoca expressasse, na verdade, uma esperança? A de uma atividade humana emancipadora
Soldados ingleses estão desanimados. Então, o coronel japonês do campo de prisioneiros ordena que reconstruam uma ponte. É preciso permitir o transporte de reforços nipônicos, enquanto uma contraofensiva aliada está em preparação. Estamos na Tailândia, durante a Segunda Guerra Mundial. Ou melhor, em A ponte do Rio Kwai (1957), famoso filme de David Lean. E o coronel Nicholson aceita: mesmo os doentes, mesmo os feridos, o britânico acredita que a tarefa redentora devolverá dignidade aos seus homens – que, de fato, graças à obra, voltam a se respeitar. No entanto, quando Nicholson descobre a tentativa de sabotagem de um comando norte-americano, ele decide alertar o coronel Saito para evitar a destruição de sua obra comum. O sentido subjetivo do trabalho, por vezes, se choca com seu sentido objetivo. Essa questão do sentido ressurge hoje, em termos aparentemente diferentes. Por toda parte se fala da importância que os jovens dariam à…