Labirinto de crises: os processos eleitorais e o futuro
Ainda que a oposição venha abandonando a estratégia de boicotar os processos eleitorais, isso não significa uma superação da crise político-institucional venezuelana
A história venezuelana recente é marcada por sucessivas crises políticas e institucionais, além de graves problemas econômicos e uma severa migração da população em direção aos países vizinhos. A morte de Hugo Chávez, em 2013, inaugurou um período de maiores contestações das ações do governo do Partido Socialista Unido da Venezuela. Hoje, o país permanece em uma constante crise, em que são organizadas eleições questionadas por atores internos e externos. O labirinto de crises no qual está inserido nos últimos anos não parece ter saída a curto prazo. Nicolás Maduro assumiu a presidência da Venezuela em 2013, após uma disputa acirrada contra Henrique Capriles. Com uma margem apertada de votos, a vitória foi questionada pela oposição. Cinco anos depois, em 2018, parte da oposição venezuelana, reunida na Mesa de Unidad Democrática, optou por boicotar o pleito organizado pelo Comitê Nacional Eleitoral (CNE), por considerar que não havia condições de uma…