A batalha que incendiou o Oriente Médio
Quarenta anos depois, um retorno “Guerra dos Seis Dias” revela: o conflito que envenenou as relações entre Israel e Palestina não teve como origem a disputa entre os dois povos. Seria um sinal de que a paz é possível?Henry Laurens
No início de 1967, observadores e alguns “experts” – categoria tão mal definida… – não previam um maior risco de retomada de um conflito armado entre árabes e israelenses. Era sabido que, desde 1964, a tensão não cessara de crescer em razão do “desvio” do rio Jordão por Israel e do “contra-desvio” de seus afluentes para a Síria, teoricamente apoiada pelo Líbano e pela Jordânia. Mas esses países haviam se limitado a fornecer um apoio verbal, e os bombardeios israelenses obrigaram Damasco a suspender o início das obras.
Era verdade, também, que a República Árabe Unida (RAU) [1] de Gamal Abdel Nasser e Israel dedicavam-se a uma corrida armamentista que pesava consideravelmente sobre suas economias. Mas tudo levava a crer que os israelenses superestimavam publicamente a ameaça egípcia, com o intuito de obter suas primeiras remessas importantes de material de guerra norte-americano e uma garantia de segurança, em caso de ataque árabe.
A evidente superioridade militar de Israel e a divisão reinante no mundo árabe, em plena guerra fria, entre “progressistas” e “conservadores” (reacionários, segundo os progressistas), levam os “experts” a julgar que, segundo a fórmula consagrada, se a paz era impossível, a guerra parecia improvável.
Três explicações para uma guerra de apenas seis dias
Três grandes explicações serão fornecidas sobre essa crise bastante curta, ocorrida entre 13 de maio e 4 de junho de 1967. De acordo com a primeira, quase universal na época, o Egito teria a intenção de destruir o Estado de Israel — uma conduta irracional, dada a co-relação de forças. De acordo com a segunda, quase simétrica, o governo israelense teria montado uma armadilha e conseguido manipular tanto os Estados ocidentais quanto os regimes árabes, a fim de alcançar a melhor situação diplomática possível para lançar-se em sua segunda fase de expansão sionista. Como toda interpretação em termos de complô, ela pressupõe uma inteligência formidável de um dos atores, o manipulador, e um déficit equivalente de todos os outros. A terceira explicação evoca, preferencialmente, uma responsabilidade compartilhada após uma série de erros de cálculo da parte dos protagonistas.
O renascimento político palestino, marcado pela criação da Organização de Libertação da Palestina (OLP), em 1964, e as primeiras operações militares do Fatah, em 1965, constituem fatores novos. Se tomadas as declarações belicistas dos governos árabes ao pé da letra, os dirigentes palestinos pretendiam visivelmente forçá-los a entrar em guerra.
O início da luta armada palestina, ainda que seus resultados possam parecer mínimos – uma quinzena de israelenses mortos, em sua maioria militares, entre os dias 1º de janeiro de 1965, data da primeira operação do Fatah, e o dia 5 de junho de 1967 -, marca a primeira vez em que a vitória israelense de 1948-49 é posta em questão, situação definida como motivo para a guerra. Em sua vertente ativista e “esquerdizante”, o novo partido Baas sírio, que chegou ao poder em 1963, traz seu apoio aos palestinos. Contesta, por sua vez, o fato consumado mais frágil, por ser o menos admitido pela comunidade internacional: o da autoridade israelense sobre a zona desmilitarizada entre os dois países [2]. O resultado foi o que os historiadores chamaram, posteriormente, de “síndrome síria” da política militar de Itzhak Rabin, então chefe do Estado-maior do exército israelense. Consistia em uma política agressiva, destinada a consolidar os avanços israelenses dentro da zona desmilitarizada e a forçar Damasco a abandonar seu apoio à luta armada palestina.
Em resposta ao desafio palestino, Israel quer expansão sem guerra
Rabin não procura uma nova guerra árabe-israelense. Pensa que uma simples demonstração de força, acompanhada de um acordo tácito de Washington, bastará para impor sua vontade a uma Síria abandonada pelo Egito. Os planos de seu estado-maior fundamentam-se sobre uma doutrina que consiste em levar, imediatamente, a batalha ao território do inimigo. A visão é pretensamente “técnica”, uma vez que o território israelense se presta mal a uma ação defensiva. Conseqüentemente, em caso de captura de territórios árabes, não haverá recuo sem paz completa e, de todo modo, as linhas de armistício deverão ser modificadas (adivinha-se em que sentido…). Rabin e o estado-maior definiram, diante do primeiro ministro Levi Eshkol, o perímetro ideal para garantir definitivamente a segurança de Israel: o rio Litani, no Líbano; o vale do Jordão, na Siria; e o canal de Suez, no Egito. Eskhol não manifestou entusiasmo, a não ser pelo rio Litani, em razão da questão, já urgente, dos recursos hídricos. Todos estavam convencidos de que tal programa era irrealizável sem um apoio internacional.
De fato, em 1956 [3], durante a crise que se seguiu à nacionalização da companhia do canal de Suez por Nasser, os Estados Unidos mostraram-se vigilantes protetores do status quo territorial da região e exigiram que o exército israelense evacuasse Gaza. Desde então, sua crescente ajuda a Israel condicionou-se ao respeito desse status quo. O problema não reside, portanto, na capacidade do exército, em conquistar novos territórios, mas na do Estado, em conservá-los.
Duas ações militares israelenses precedem diretamente a crise de maio-junho de 1967: a rápida incursão no vilarejo de Samu, destinada a “punir” os moradores pela ajuda prestada ao Fatah, em 13 de novembro de 1966; e o combate aéreo entre israelenses e sírios, em 7 de abril de 1967 (6 caças Mig foram abatidos por Mirages), cujo objetivo era humilhar o regime de Damasco. A primeira ação persuadiu o rei Hussein de que Israel deseja destruir seu reinado, a fim de tomar a Cisjordânia; a segunda, ressaltou a inação do Egito nasseriano.
Uma escalada provocações vai levar ao conflito
Contando com o apoio mais ou menos explícito de seu governo, os militares israelenses empregam a estratégia da tensão, sem querer chegar à guerra. Não hesitam em ameaçar o regime baasista sírio com novas ações radicais. Nesse contexto, a União Soviética previne Damasco e o Cairo, no dia 13 de maio de 1967, sobre uma invasão próxima da Síria, pelo exército israelense. A inquietação de Moscou parece estar fundamentada em informações que dizem respeito à estratégia israelense de tensão. A ausência de concentrações militares na fronteira não prova nada, pois Israel possui a capacidade de operar muito rapidamente a mobilização de suas forças.
A partir de 14 de maio, o exército egípcio desloca-se para o Sinai. Sua ação pode ser compreendida como de natureza dissuasiva. Mas Nasser age ao mesmo tempo em função do jogo político árabe – isolar a Jordânia para forçá-la a deixar o campo saudita, em favor do campo egípcio – e com o objetivo de eliminar os traços da agressão de 1956. Isso o conduz a solicitar, em 15 de maio, a partida dos soldados da ONU da fronteira internacional. A ONU decide a retirada total de suas forças do Sinai e da faixa de Gaza: sem acordo com o Cairo, elas se converteriam, juridicamente, em forças de ocupação.
Israel assiste impotente à perda de uma de suas conquistas mais importantes da guerra de 1956. Mais grave ainda: em 17 de maio, dois aviões de reconhecimento egípcios, passando pela Jordânia, sobrevoaram, sem ter sido interceptados pela aviação israelense, a central nuclear Dimona – que não fica muito longe da fronteira -, provando assim sua vulnerabilidade. A convicção dos dirigentes israelenses é de que uma operação aérea “preventiva” contra suas instalações nucleares encontraria certa compreensão, ou mesmo grande aprovação internacional.
Essa preocupação perdurará até o fim da crise e provoca a primeira convocação dos reservistas. Longe de garantir uma dissuasão, o programa nuclear será um fator essencial na caminhada em direção à guerra.
Nasser: o grande erro de cálculo que provocará a derrota
O passo seguinte – o fechamento, no dia 22 de maio, do estreito de Tiran, que separa o Golfo de Akaba do Mar Vermelho – é dado por Nasser, sempre desejoso de voltar à situação anterior à crise de Suez. O raïz está pronto a assumir o risco da guerra e pensa que seu exército possui os meios de enfrentar o inimigo, caso o ataque. Alguns de seus dirigentes militares chegam a considerar a possibilidade de uma operação no Neguev, destinada a estabelecer a ligação com a Jordânia, mas Nasser opõe seu veto. Publicamente, coloca sob um mesmo plano Israel, o imperialismo e a “reação” (as monarquias sauditas e jordanianas, o xá do Irã).
Ao proceder assim, Nasser subestima a potência militar do adversário. Para ele, Israel só pode atacar se dispuser de uma ajuda estrangeira, e além disso não pode travar uma guerra em dois fronts. Nenhuma potência européia, pensa ele, fornecerá este auxílio. Tampouco os Estados Unidos, emaranhados na guerra do Vietnã. O Egito possui os meios adequados à sua ambição, pois dispõe de dissuasão suficiente para desencorajar qualquer ataque. Seu líder não compreende que o apoio que Israel necessita é de natureza política (e não da participação militar) dos Estados Unidos e do Reino Unido.
A propaganda do Cairo golpeia Israel, o imperialismo e a reação. A Jordânia é a primeira a se ligar a Nasser, cuja popularidade, após o 22 de maio, está em seu apogeu. Ao mesmo tempo, embora seja hábil calculador, o presidente não leva em conta os riscos induzidos pela propaganda. Para ele, será difícil manter-se dentro de um quadro de sucesso real mas limitado. Seu discurso, apesar de comedido (não fala em ação ofensiva), é totalmente ampliado por seus próprios órgãos radiofônicos. Sua rádio, A Voz dos Árabes, fala de liquidação total do Estado de Israel, de sua iminente destruição. Outros órgãos árabes retomam esse discurso, resumido, no Ocidente por uma fórmula que jamais foi utilizada: “Atirar os judeus ao mar”. Se Nasser quer apenas retomar a situação anterior a 1956, sua propaganda fala da de antes de 1948.
Uma iniciativa diplomática garante a força de Israel
Totalmente pegos de surpresa, os militares israelenses pressionam seu governo a tomar a iniciativa da guerra. Seus serviços de informação são incapazes de prever a seqüência dos acontecimentos, pela simples razão de que o governo egípcio improvisa permanentemente, por vezes de maneira contraditória. O primeiro-ministro Eshkol quer limitar-se a uma ação diplomática. A imprensa israelense evoca um “novo holocausto”, criando assim uma atmosfera de catástrofe iminente.
A determinação de enviar o ministro das relações exteriores, Abba Eban, para Paris e Washington adia a tomada de decisão. O general de Gaulle, presidente da França, afirma que se oporá a quem quer que tome a iniciativa das hostilidades. Londres e Washington consideram o fechamento do estreito de Tiran como uma agressão, mas não querem guerra. As duas capitais consideram a possibilidade de uma demonstração naval internacional, para marcar a liberdade de passagem no Golfo de Akaba: as “regatas do Mar Vermelho”. O presidente Lyndon Johnson veicula a mensagem de que “Israel não estará só, a menos que decida agir sozinho” (“Israel will not be alone unless it decides to go alone”, 26 de maio de 1967) e pede um prazo para encontrar uma solução política.
Diplomaticamente, a União Soviética, ainda que não tenha sido consultada, apóia a política de Nasser. O Kremlin pede apenas que os egípcios ajam com prudência e não iniciem as hostilidades. Todos esses apelos confirmam, aos olhos de Nasser, a força de sua posição. Estimulam-no a conquistar uma nova co-relação de forças no Sinai e a aproveitar a situação ao máximo, para derrotar o “campo da reação”. Voltar atrás está fora de questão: seria um revés maior para as forças progressistas. Essas últimas venceram a guerra da propaganda, tornando impossível, pensa ele, uma intervenção militar norte-americana, que provocaria o abrasamento de toda a região e o desmoronamento dos regimes ligados ao Ocidente. Resta esperar que a Jordânia capitule e que a Arábia Saudita a siga, isolando o Irã completamente. O que está em jogo não é mais o Sinai, mas o conjunto da Península Arábica e seus recursos petrolíferos.
Como a propaganda árabe abre espaço à direita israelense
O Cairo rejeita todas as iniciativas de solução política, que compreenderia a retomada da navegação israelense no Golfo de Akaba. Londres e Washington dão-se conta da impossibilidade de realizar concretamente as “regatas do Mar Vermelho”.
Surge o risco de assistir ao fechamento do canal de Suez, ao comprometimento do petróleo lá aprovisionado e à venda, pelos países árabes, de suas reservas em libras esterlinas – o que levaria ao desmoronamento da moeda britânica. De repente, a questão muda de figura: trata-se agora de saber qual dos dois blocos (estamos, então, em plena guerra fria entre o Ocidente e o “campo socialista”) terá o controle do Oriente Médio e de seus recursos petrolíferos e financeiros. Uma intervenção militar, mesmo que simbólica, das duas potências anglo-saxônicas, favoreceria essencialmente os soviéticos.
A dissuasão nasseriana funciona admiravelmente, mas continua a as apoiar na subestimação da força militar de Israel, muito mais potente do que em 1956. Com total irresponsabilidade, os dirigentes egípcios recusam a levar em conta o efeito de suas declarações sobre as opiniões públicas ocidentais e internacionais.
Enquanto Nasser radicaliza seu discurso, o alto comando israelense acentua suas pressões sobre o governo. Então comandante de uma divisão, o general Ariel Sharon chega a formular verbalmente a possibilidade de um golpe militar. O alinhamento total da Jordânia à República Árabe Unida precipita os acontecimentos, sobretudo porque a Arábia Saudita é obrigada a segui-la. Israel parece totalmente cercado por uma coalizão árabe. O pior pesadelo dos estrategistas.
Eshkol cede no dia 1º de junho. Forma um governo de união nacional. Moshe Dayan torna-se ministro da Defesa e chefe da direita. Menahem Begin, ministro sem pasta. São os partidários confessos da expansão territorial. Além de garantir a sobrevivência, deve-se acabar o que a guerra de independência não foi capaz de realizar, particularmente a conquista da Cisjordânia.
Os EUA lavam as mãos, a guerra vai começar
Tendo abandonado a esperança em uma solução diplomática, o governo norte-americano está pronto a deixar Israel agir sozinho — desvinculando-se da ação, para não se comprometer aos olhos dos árabes. No dia 31 de maio, o chefe do Mossad – serviço de informações israelense -, Meir Amit, chega a Washington para discutir a situação. No dia seguinte, encontra o secretário da defesa Robert Mc Namara e o chefe da CIA. Sabe falar com os norte-americanos e adapta sua “teoria dos dominós” ao Oriente Médio: se Nasser ganhar a parada, toda a região, até a fronteira soviética cairá sob o domínio árabe. Israel precisa do engajamento de longo prazo e de proteção imediata dos EUA contra uma eventual interferência soviética. Seus interlocutores mostram claramente que compartilham dessa análise.
Nos primeiros dias de junho, vários canais transmitem essa mensagem. Num telegrama circular às embaixadas norte-americanas no mundo árabe, datado de 3 de junho, o secretário de Estado Dean Rusk explica a posição de seu governo: não há mais espaço para uma solução razoável diante da psicologia de “guerra santa” dos árabes e de seu equivalente israelense, a “psicologia do apocalipse”. Os Estados Unidos não podem mais encorajar Israel a manter a “moderação” diante do que considera como a defesa de seus interesses vitais. Os árabes, assim como os israelenses, estão confiantes no desfecho das armas. Alguém, portanto, cometeu um grave erro de cálculo.
No dia 4 de junho, Walter Rostow, conselheiro do presidente norte-americano avalia as possibilidades futuras em um memorando. Utiliza todas as precauções retóricas necessárias para apresentar a guerra e a vitória israelenses apenas como hipóteses. Os árabes moderados — ou seja, virtualmente todos os árabes que temem a expansão de Nasser — preferem vê-lo vencido pelos israelenses do que por forças externas. Novas potencialidades estariam abertas, então: a moderação retornaria ao Oriente Médio, cujos Estados dariam ênfase ao desenvolvimento econômico e à colaboração regional. E se uma solução fosse encontrada para o problema dos refugiados palestinos, Israel seria aceito como parte integrante da região. Estamos diante de uma transição histórica de transformação da região.
Israel, tendo recebido todas as garantias necessárias de Washington, não precisa mais esperar. A decisão final é tomada pelo governo no dia 4 de junho de 1967.
Na aliança entre Washington e Tel-Aviv, o centro de todas as tensões
A guerra de junho de 1967 nasceu de erros de cálculos de todas as partes envolvidas. O termo aparece várias vezes na documentação disponível. A confusão jurídica dos arranjos de 1957, sobre a livre circulação no Golfo de Akaba e do estreito de Tiran, tornou difíceis tanto a definição do casus belli quanto a definição do agressor: é aquele que impõe o bloqueio ou o primeiro a atirar? Do lado árabe, o motor dos eventos foi, mais do que o conflito árabe-israelense, a guerra fria que opunha a República Árabe Unida à Arábia Saudita. Por sua retórica e atitude, os países árabes colocaram-se na pior situação possível, em relação à opinião pública internacional.
Iniciada sob a presidência de John F. Kennedy, a aproximação militar Israel-Estados Unidos acentuou a radicalização das posições. Fez a retórica da desqualificação do adversário funcionar admiravelmente, associando o imperialismo à reação e ao sionismo. Foi para salvar a Arábia Saudita que os Estados Unidos autorizaram tacitamente Israel a entrar em guerra. Aqueles que, em Washington – já então… – consideravam uma espécie de “novo Oriente Médio” o fizeram dentro de um quadro de mudança de regimes, mas respeitando a integridade territorial dos Estados existentes. Deram razão aos discursos dos progressistas árabes, que sempre denunciaram os complôs ocidentais, mas iludiram-se sobre sua capacidade de fazer respeitar a ordem territorial após uma ocupação militar.
Embora a perspectiva de uma expansão territorial não estivesse na ordem do dia, no início de 1967, juridicamente Israel jamais renunciou ao domínio integral da Palestina. Alguns ainda falaram a respeito. Muitos continuaram a pensar nessa possibilidade. Ninguém quis ver que o renascimento político palestino, acelerado pela guerra, iria levar inexoravelmente o conflito à sua dimensão primeira, a luta dos dois povos que reivindicam a Terra Santa.
Tradução:Mariana Joffily
ianemari@terra.com.br
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