Não é a inflação, nem a mobilização mapuche, muito menos a demanda dos professores para desenvolver um processo ordenado de desmunicipalização da educação pública o que ameaça profundamente o governo do presidente Gabriel Boric e, ainda mais, a democracia chilena. São três fenômenos que já surgem com diferentes graus de desenvolvimento: o crime organizado, a corrupção e a violência de extrema direita. Gabriel Boric, o presidente do Chile (Reprodução/Instagram) O crime organizado assume as mais diversas formas e aproveita as condições socioeconômicas e políticas locais e dos territórios. Os níveis de organização também são variados, com estruturas separadas em muitos casos, mas também com quadrilhas coordenadas ou que simplesmente fazem parte da mesma cadeia criminosa. O tráfico de drogas é a atividade de maior desenvolvimento. Inicialmente, ele usava o território chileno como país de trânsito para os mercados consumidores da Europa, mas isso mudou; hoje, existe…