A isenção para R$ 5 mil e a Reforma Tributária da Renda
O caminho para aliviar a tributação sobre o consumo é aumentar a arrecadação total sobre a renda, da qual é preciso melhorar a progressividade. E é preciso fazer isso este ano, de modo a ajustar a tributação sobre a renda e ao mesmo tempo gerar arrecadação extra que permita entrar na transição da reforma tributária do consumo, em 2026, com uma “alíquota-padrão” mais civilizada que os 27,97% recentemente anunciados
Quando se fala em prioridades e urgências para o país, todos se lembrarão da necessidade de garantir mais oferta de alimentos e reduzir preços, baixar juros e oferecer crédito mais barato, combater a violência urbana e rural, frear a degradação do meio ambiente. Muitos mencionarão a importância de continuar a melhorar os níveis de emprego e renda, que tiveram avanços recentes – embora persistam a excessiva informalidade e a precarização do trabalho –, e por aí vai. Enfim, o conjunto de necessidades é muito extenso, mas poucas coisas costumam ser lembradas como prementes. Neste artigo cuidamos daquela que é, ao nosso ver, a principal questão estrutural do país, a desigualdade, e abordamos uma de suas principais causas, a estrutura tributária. Defenderemos que a Reforma Tributária da Renda é a que mais interessa ao povo brasileiro como um todo e que essa reforma é urgente e seria bom que ocorresse ainda…