A volta da asa-branca e do Brasil como potência socioambiental
Expectativa é que a agenda ambiental continue a ter papel central na esfera governamental federal, mas em direção diametralmente oposta, reconstruindo o desmonte realizado no setor
Terra molhada, mato verde, que riqueza E a asa-branca, tarde canta, que beleza Ai, ai, o povo alegre, mais alegre a natureza “A volta da asa-branca”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas A eleição do novo presidente brasileiro indica, entre outros fatores, uma tendência de retomada da normalidade constitucional, o reequilíbrio da correlação de forças no Parlamento e a possibilidade de cumprimento pelo Brasil de suas metas climáticas no âmbito do Acordo de Paris, esforço global de 195 países para limitar o aumento médio da temperatura global entre 1,5 e 2 °C, meta para a qual a redução das taxas de desmatamento da Amazônia e as emissões brasileiras têm peso relevante. O recrudescimento da polarização contra a ultradireita autoritária e negacionista das mudanças climáticas transformou o resultado eleitoral numa espécie de catarse coletiva com a vitória da frente democrática, sintetizada na esperança de pacificação democrática e de retomada da rota…