As confissões norte-americanas do general De Lattre
Em 1951, o general Jean de Lattre de Tassigny foi aos Estados Unidos solicitar ajuda: a França estava em dificuldades no conflito contra a República Democrática do Vietnã, em um combate contra o comunismo. O escritor Éric Vuillard recupera esse episódio em um capítulo de seu último livro, Une sortie honorable, dedicado ao que os franceses chamam de Guerra da Indochina
Todos os dias lemos uma página do livro da nossa vida, mas não é a certa. E, todos os dias, recomeçamos. Assim, após o desastre de Cao Bang, como se um soldado de alta patente pudesse mudar o curso das coisas, Jean de Lattre de Tassigny foi nomeado alto-comissário e comandante-chefe na Indochina. Chegou a Saigon no início de dezembro de 1950, articulou rapidamente um Exército nacional vietnamita e com ele obteve vitórias efêmeras por meio de concentrações inéditas de tropas e bombardeios de napalm, armamento militar do qual ele foi um dos primeiros a fazer uso maciço. Finalmente, De Lattre percorreu o globo para defender a causa da Indochina, a do mundo livre. Conheceu Truman em Washington, o papa em Roma. O ponto alto indiscutível de sua viagem, contudo, não é sua meia hora na Casa Branca nem sua visita ao Vaticano, é sua participação altamente improvável no Meet…