Calmaria na França?
Os próximos dez meses da vida política francesa serão marcados por uma avalanche de notícias alarmantes, que provocarão pânico na segurança1 e injunções dramáticas para “conter” uma extrema direita impulsionada por esse clima de medo?
Os próximos dez meses da vida política francesa serão marcados por uma avalanche de notícias alarmantes, que provocarão pânico na segurança1 e injunções dramáticas para “conter” uma extrema direita impulsionada por esse clima de medo? Esse encadeamento não é uma fatalidade, pois a eleição presidencial de 2022 não está decidida antecipadamente. Seus dois prováveis finalistas, Marine Le Pen e Emmanuel Macron, com efeito, saem muito debilitados dos escrutínios regionais concluídos há pouco. Seu fracasso contundente surpreendeu pela amplitude. Sem dúvida, as taxas de abstenção excepcional (66,72% no fim do primeiro turno) equivalem a uma condenação do recorte territorial, tão arbitrário quanto incompreensível. Mas a greve dos eleitores exprime também o desgosto por uma campanha política que chapinhou na lama da demagogia de extrema direita, a ponto de levar a pensar que os grandes problemas do momento eram a segurança, a delinquência e a imigração, três áreas que, de resto, escapam…