Criptomoedas não são o futuro do dinheiro
Criptoativo, mineração, blockchain… Surgido em 2009, o bitcoin parece ter revolucionado as questões monetárias até mesmo nas palavras. Uma novilíngua suscitando incompreensão e fascinação envolve uma inovação que promete “libertar” a moeda de qualquer centralização estatal. Renasce assim a esperança de mudar o mundo graças à tecnologia
Por muito tempo confinadas ao posto de curiosidade, há alguns anos as criptomoedas (ou criptoativos, ou ainda moedas digitais) ganharam as manchetes, inclusive na imprensa não especializada. E não sem motivo: o preço de uma das mais conhecidas delas, o bitcoin, quadruplicou entre dezembro de 2020 e maio de 2021, antes de despencar e perder mais de um terço do valor. Em novembro de 2021, voltou à valorização histórica... antes de cair de novo dois meses depois. A evolução do preço do bitcoin desenha uma paisagem de montanha-russa que tanto fascina quanto preocupa. Vários grandes nomes do Vale do Silício e das finanças norte-americanas contribuíram para legitimar essa criptomoeda junto ao público. Em janeiro de 2021, a gigante global de gestão de ativos BlackRock autorizou dois de seus fundos a comprar derivativos baseados nela. Em março, a plataforma de pagamentos online PayPal lançou um serviço para converter criptoativos –…