Da ultradireita ao progressismo
Os interesses nacionais e a competição estratégica com a China são os grandes organizadores da política externa dos Estados Unidos – o que muitas vezes não condiz com os interesses latino-americanos. Nas brechas, contudo, é possível encontrar pontos comuns
Quando se analisa a política externa dos Estados Unidos é tentador destacar as continuidades entre governos de turno que, de fato, são salientes. Trata-se de uma potência que nutre um objetivo constante – manter sua primazia global – e não se restringe em usar meios militares, econômicos e de assistência para atingi-lo. Assim, como era de esperar, muitas das pautas para a América do Sul se perpetuaram na transição de Donald Trump para Joe Biden. Contudo, nuances e diferenças na transição de um governo de ultradireita para uma presidência que se apresenta como progressista não são insignificantes, o que se manifesta de forma clara nas relações bilaterais Brasil-Estados Unidos. Confira a animação do Le Monde Diplomatique Brasil sobre a esquerda norte-americana. Talvez o principal tema de continuidade seja a postura agressiva em relação à China, o que parece cada vez mais organizar as ações de segurança para a região. Os…