Deve-se rever a autonomia do Banco Central?
A inflação atual no Brasil é impulsionada não por uma economia superaquecida, mas por um conflito distributivo entre o setor comercializável e o não comercializável. Manter altos níveis de taxa de juros reais de curto prazo não resolverá o problema e aumentará o hiato de produção já existente na economia
O Banco Central do Brasil (BCB) passou a ter autonomia formal para a condução da política monetária, creditícia e cambial por meio da Lei Complementar n. 179, em 24 de fevereiro de 2021, a qual concedeu também um mandato estável de quatro anos para o presidente e seus diretores. Embora já tenha havido críticas sobre essa autonomia no momento de sua adoção, o tom se elevou pela insistência do atual presidente do BCB, Roberto Campos Neto, em manter a taxa real de juros do Brasil no maior patamar do mundo, mesmo com a desaceleração da inflação ocorrida ao longo de 2023. A pandemia de Covid-19 acarretou perdas profundas para o mundo. Em termos econômicos, fez com que um número significativo de países interrompesse as atividades econômicas não essenciais. As medidas restritivas causaram um choque negativo tanto na demanda quanto na oferta na economia mundial no segundo e terceiro trimestres de…
Tanto bolodório para algo simples: nenhuma política poderá ser bem sucedida visando o interesse de alguns apenas e distribuindo esmolas para os demais.