Direita lança uma nova frente contra a Constituição democrática
Agora que as tentativas de emplacar novas alternativas no plebiscito fracassaram e com a suposta desvantagem do Rejeito, abre-se uma nova frente de batalha que questiona a legitimidade da votação de 4 de setembro e procura envolver o governo e seus ministros em uma suposta intervenção eleitoral
O Estado tem a obrigação de dar garantias aos cidadãos de que uma eleição popular – qualquer que seja esta – se realize em condições democráticas, ou seja, com acesso à informação, sem intervenção do governo e com menos uso de dinheiro público. Essas foram as condições reforçadas pela Controladoria Geral da República em 28 de abril, quando sua máxima autoridade se reuniu no Palácio La Moneda com o presidente Gabriel Boric e entregou um documento de dezesseis páginas com as normas de “não intervenção”. Um vídeo sobre o processo constituinte, em que aparecem a ministra da Secretaria Geral de Governo, Camila Vallejo, e da Presidência, Giorgio Jackson, foi denunciado por parlamentares de direita para o controlador-geral da República, sob a acusação de “intervenção eleitoral”. Este foi o preâmbulo da nova guerrilha dos setores conservadores para deslegitimar o processo constituinte, ainda que a própria Controladoria tenha determinado que “é necessário…