Do fim das polícias ao humanitarismo pálido
Enquanto a direita aprova seus projetos de lei em diferentes esferas de poder, o dito campo da esquerda progressista promove debates intermináveis sobre reformas e protocolos para a instituição policial
“Não acabou / tem que acabar / eu quero o fim da Polícia Militar” foram palavras cantadas alto e bom som pelas ruas de diversas cidades brasileiras, nas cinco regiões do país, durante parte dos protestos realizados no ano de 2013. Pauta histórica dos movimentos sociais abolicionistas penais desde muito antes do período que passou a ser chamado de Jornadas de Junho, hoje é possível reconhecê-la em atividades organizadas pela Rede Nacional de Familiares de Vítimas do Terrorismo de Estado, em atividades da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Renfa), da Agenda Nacional pelo Desencarceramento e das Frentes Estaduais pelo Desencarceramento, para focar articulações representativas dessa “ponta esquerda”. Já no âmbito da política institucional partidária, vale lembrar que a PEC 51/2013, assinada majoritariamente por senadores considerados de esquerda, proporcionou debates sobre desmilitarização abrangendo movimentos sociais e ONGs de um campo mais alargado da esquerda brasileira. A Proposta de Emenda sugeria alteração…