Enfim, a Grécia volta a ser exemplar
Atenas acaba de oferecer um Natal antecipado às suas Forças Armadas: 24 aviões de combate Rafale e três fragatas “da última moda”, enquanto aguarda os F-35 e os helicópteros Sikorsky, sem esquecer os drones, torpedos e mísseis. Os oficiais gregos não estarão sozinhos na festa, pois fabricantes de armamentos franceses, a Dassault em particular, estão entre os principais fornecedores de Atenas. No entanto, há cinco anos, as autoridades europeias e o FMI – a Troika – aplicavam sua palmatória a um país arruinado, asfixiado, reduzido ao nível de protetorado. Vigiavam as menores despesas, a fim de constranger a Grécia a reembolsar uma dívida que o próprio FMI considerava “insustentável”. Estimulada pela Alemanha, a Troika se encarniçara contra as despesas sociais. Seguiram-se altas exorbitantes de impostos e contribuições para os serviços de saúde, o aumento para 67 anos na idade da aposentadoria (com as pensões sendo amputadas catorze vezes em seguida),…