Entre o nacionalismo e o islamismo
Nos cinco estados da Ásia Central que foram parte da União Soviética, a independência nacional não significou democracia ou desenvolvimento econômicoVicken Cheterian
No coração de Duchanbe, a capital do Tadjiquistão, ergue-se uma grande estátua de Ismoil Somoni, um rei de língua persa do século X, que construiu um império na Ásia Central. A estátua tem uma coroa de ouro e fica diante de uma espécie de arco do triunfo. Pelo arco se entra em um belo roseiral e chega-se a um mapa de mármore representando o império Somoni, estendendo-se das praias do Mar Cáspio até as fronteiras da China. Mas a capital deste império não era Duchanbe, e sim Bukhara, uma cidade situada no atual Usbequistão, para resumir em poucas palavras os problemas de identidade nacional e fronteiras de Estado na Ásia Central. O monumento foi inaugurado em 1999 e custou 20 milhões de dólares (18 milhões de euros), num ano em que o orçamento do estado não ultrapassou 250 milhões de dólares (230 milhões de euros). Os símbolos são altamente valorizados na Ásia Central e o culto oficialmente patrocinado a uma dinastia há muito perdida é um caso muito sério no Tadjiquistão e naquela região.
No vizinho Usbequistão, as estátuas de Lênin e Marx foram trocadas pelas do Emir Timur (Tamerlão). No centro de Tachkent pode-se ver o conquistador do século XIV montando um enorme cavalo, com uma espada na mão. As autoridades usbeques desejam projetar uma imagem de poder, mas os países vizinhos têm lembranças diferentes das conquistas de Timur: do Quirguistão à Geórgia, seu nome evoca cidades devastadas e pirâmides de caveiras1 . Outro problema: Timur não era um usbeque. As tribos usbeques (Shaibandies), que conquistaram a Ásia Central, expulsaram os restos dos khanatos timúridas; Babur, o neto de Timur, encontrou refúgio na Índia onde fundou o império Mogol.
Fracasso do ideal nacional
“Existe necessidade de construir uma identidade unificada tadjique aqui, para acabar com a frustração e vergonha da guerra”, afirma a socióloga Saodar Olimova. “Na era soviética o Tadjiquistão era a mais pobre das quinze repúblicas, mas ainda assim, parte de uma superpotência. Agora somos um dos países mais pobres do globo”, acrescenta. Mais do que falta de imaginação histórica, o que está minando o renascimento do ideal nacional é a dura pobreza no Tadjiquistão. Apesar do relativo crescimento no comércio e agricultura, há poucos empregos, e metade da população está abaixo de 18 anos. Milhares – chegando a um milhão – de cidadãos tadjiques em busca de empregos emigraram para a Rússia ou Casaquistão, muitas vezes ilegalmente. A crescente xenofobia na Rússia tornou a vida dos tadjiques e outros migrantes da Ásia Central um inferno, pois eles são explorados pelos empregadores ou assediados pela polícia. Várias centenas desses migrantes voltam aos seus países em caixões, todo ano.
A crescente xenofobia na Rússia tornou a vida dos tadjiques e outros migrantes da Ásia Central um inferno
O Tadjiquistão recupera-se lentamente da devastadora guerra civil que irrompeu em 1992 e causou a morte de dezenas de milhares de pessoas2 . O que é notável no Tadjiquistão é que o tratado de paz que foi firmado entre o governo e a oposição em 1997, apenas cinco anos depois da guerra civil, de acordo com uma fórmula de partilha do poder, fez a oposição liderada pelo Partido da Renascença Islâmica (PRI) um parceiro do governo, com 30% dos cargos do governo atribuídos a eles. Numa região onde os antigos líderes comunistas não toleram o Islã político, no Tadjiquistão, a presença do PRI no governo foi um grande passo não apenas para a solução do conflito, mas também criou a democracia básica: é o único partido no parlamento próximo do Partido Democrático do Povo, presidencial, e dos comunistas; e representa os interesses, não da burocracia estatal, mas principalmente dos comerciantes dos bazares.
O 11 de setembro mudou o equilíbrio de forças e marginalizou o PRI que, segundo Parviz Mullojanovic, analista político em Duchanbe, “não quer estragar suas relações com o presidente, assim sua voz não é ouvida agora”. Mesmo quando as autoridades estão endurecendo com os ex-combatentes da oposição, expulsando-os de seus cargos ou até prendendo-os, o IRP fica em silêncio para não ameaçar sua cooperação com o governo. Como resultado, novas formas de movimentos islâmicos radicais e clandestinos estão crescendo no Tadjiquistão, bem como em outros lugares da Ásia Central. O mais conhecido entre eles é o Hizb ul-Tahrir (Partido da Libertação), um movimento radical sunita que nasceu entre refugiados palestinos na Jordânia e clama pelo retorno do Califado3 . Enquanto este movimento continua marginal nos países árabes, encontrou grande popularidade na Ásia Central. Para Mullojanovic, até agora a influência do Hizb restringe-se à minoria étnica usbeque do Tadjiquistão. “A popularidade deles está no terreno do pan-turquismo, que toma diferentes formas na Ásia Central. No passado era o Jadidismo4, depois o nacionalismo e agora o Islã”, acrescenta Mullojanovic.
Insegurança usbeque
A repressão a grupos islâmicos pode levar ao surgimento de organizações inclinadas a usar a violência como forma legítima de ação política
Em março de 2004, por vários dias, o combate da guerrilha urbana irrompeu em Bukhara e Tachkent, no Usbequistão, quando dezenas de pessoas armadas atacaram postos de polícia. Mais tarde, em julho, mulheres-bomba atacaram as embaixadas dos EUA e de Israel. Os dois ataques fizeram cerca de cinqüenta mortos e dezenas de feridos, mais uma vez evidenciando a fragilidade da situação no Usbequistão. O país já vira ataques terroristas antes, mas desta vez havia dois fatores novos: primeiro, os eventos iniciaram-se em Bukhara, uma cidade até então pacífica, pois no passado a militância no Usbequistão limitava-se à região do Vale Fergana; o segundo foi a simpatia do público aos atos terroristas. Muitos habitantes de Tachkent disseram que enquanto os atos terroristas visassem a polícia – símbolo de repressão e corrupção -eles não tinham nada com aquilo. O Usbequistão caminha para graves problemas econômicos, e a falta de qualquer possibilidade de expressão popular poderia levar a explosões de violência ainda mais sérias.
O presidente usbeque Islam Karimov acusou pessoalmente o Hizb ul – Tahrir de estar por trás dos ataques. Cada vez mais esse partido, que conclama ao estabelecimento do Califado Islâmico, mas que rejeita o uso da violência, vem tornando-se o “equivalente da Al-Qaeda” para os dirigentes da Ásia Central e também para os comentadores russos e americanos. 5 O perigo real é que a repressão pesada ao Hizb ul – Tahrir em longo prazo poderia levar ao surgimento de grupos clandestinos mais radicais, e mais inclinados que o Hizb a usar a violência como forma legítima de ação política.
O núcleo de um grupo assim já existe: é o Movimento Islâmico do Usbequistão (MIU), formado em 1998 por ex-combatentes usbeques que participaram da guerra civil tadjique do lado da oposição. Seu líder é Tahir Yuldash; um certo Juma Namangani é o comandante militar. Os dois vieram do Vale Fergana, uma região desfavorecida devido às divergências com o presidente usbeque Islam Karimov. Baseado em regiões de montanha tadjiques e quirguizes (Tavildara e Batken), o movimento fez incursões ao Quirguistão em 1999 e ousados ataques no Usbequistão em 2000. Associando-se ao Talibã, o MIU sofreu perdas durante a invasão dos Estados Unidos ao Afeganistão, quando fontes americanas declararam a morte de Namangani durante incursões aéreas a Kunduz. Desde então, os combatentes usbeques têm tomado parte em conflitos entre forças paquistanesas e rebeldes islâmicos nas regiões tribais do Waziristão. 6
Crise econômica
As condições econômicas dos cidadãos continuam a degradar-se, treze anos depois do colapso da União Soviética
Nem o Hizb nem o MIU ameaçariam a estabilidade no Usbequistão se este país não sofresse uma profunda crise econômica sistêmica. No começo dos anos 1990 o Usbequistão escolheu um caminho diferente, comparado com as políticas de privatizar tudo aplicadas em outros países pós-soviéticos, nas quais, mantendo um regime autoritário, os estados continuaram a supervisionar a maior parte das atividades econômicas. Este sistema, que resultou em uma estabilidade real e em profundo declínio econômico foi mais brando no Usbequistão. Isto tornou o país atraente para investidores estrangeiros, como os fabricantes de carros alemães e sul-coreanos, a indústria alimentar suíça e os banqueiros holandeses. Mas os altos níveis de corrupção, o contínuo controle estatal e as regras arbitrárias persuadiram os investidores estrangeiros a fazer as malas e ir embora. O regime sobrevive hoje exportando minerais e algodão – comprado dos camponeses a preços fixos iguais a uma fração do seu valor no mercado internacional.
Mas as condições econômicas dos cidadãos continuam a degradar-se, treze anos depois do colapso da URSS. A situação dos trabalhadores agrários é descrita como próxima da escravidão: os camponeses não podem sair do kolkhoz7 onde trabalham, não podem escolher o que plantar, nem escolher a quem vender seus produtos. Aqui e ali na Ásia Central há uma migração em massa de camponeses e desempregados das áreas rurais para a capital, criando um conjunto de novos problemas sociais, como a epidemia de Aids. 8 As autoridades reagem isolando o país, impondo um regime de visto para os cidadãos dos países vizinhos, fechando e minando as fronteiras. Medidas recentes restringindo o comércio nos bazares tradicionais levaram a motins nas cidades do Vale Fergana. Diversamente do começo dos anos 1990, ninguém hoje em dia em Tachkent acha que o autoritarismo trará eventualmente investimentos estrangeiros, reformas e modernização.
Presente autoritário, futuro incerto
O Turcomenistão é 80% desértico, e ali as tribos nômades têm um sentimento muito tênue de pertencer a uma nação
O Turcomenistão tornou-se uma espécie de parque temático estalinista: é um país com filas de hotéis luxuosos e dezenas de palácios presidenciais, enquanto parte de seus cidadãos não tem acesso a água potável. Saparmurat Niyazov apropriou-se do título de “Turcomanobashi” que significa “chefe de todos os turcomanos”. Niyazov está em toda parte. Ele é o fundador oficial de todos os jornais turcomanos, seu retrato é onipresente num canto de todos os programas da televisão; e seus escritos, intitulados Ruhnama ou “livro da alma”, são leitura obrigatória para estudantes e funcionários.
Niyazov lançou uma engenharia social destinada a construir uma nova geração de turcomanos à sua própria imagem: o aprendizado de línguas estrangeiras foi suprimido; a orquestra filarmônica nacional foi declarada “anti-turcomana” e dissolvida, a educação compulsória foi reduzida de doze para dez anos; invalidaram-se todos os graus superiores de educação recebidos fora do país depois de 1993. O número de estudantes de curso superior caiu de 30 mil na última década da URSS para 3 mil atualmente. 9 Os meios de comunicação são censurados; a internet controlada; viagens para dentro e fora do país dificultadas.
A repressão brutal à dissidência atingiu um grau inaudito depois da tentativa de assassinato de Niyazov, que teve como conseqüência um endurecimento maciço e prisões. 10 Qualquer crítica vinda de organizações internacionais é respondida com a recusa de dirigentes turcomanos em permitir interferência nos assuntos internos de seu país e a ameaça de retirada daquela organização. Por outro lado, uma dezena de diplomatas turcomanos pediu asilo com suas famílias nos últimos anos. O Turcomenistão é 80% desértico, e ali as tribos nômades têm um sentimento muito tênue de pertencer a uma nação. O país é rico em gás natural, o que permite a concentração do poder nas mãos de uma pessoa e o financiamento de uma estrutura policial repressiva. Mas o reinado imprevisível do Turcomanobashi levou à paralisia total do país, ao declínio da agricultura e ao desemprego em massa entre os jovens, trazendo temores quanto ao futuro do país.
Frágil democracia
O poder estatal repousa essencialmente na burocracia baseada em Bichkek, a capital quirguiz, e no sistema de clãs
O Quirguistão ainda é considerado o país mais aberto da Ásia Central, apesar dos vários anos de políticas autoritárias. O pluralismo quirguiz é mais um resultado do fracasso do presidente Askar Akaev em impor o autoritarismo do que de instituições políticas desenvolvidas que permitam a seus cidadãos exercerem seus direitos políticos. Anos de privatização criaram um sistema econômico que gira em torno da “família” do presidente – o que acontece também nos vizinhos Casaquistão e Usbequistão, onde os parentes diretos do presidente possuem ou partilham a posse de setores econômicos lucrativos (qualquer negócio acima de um milhão, de acordo com uma fonte), como companhias aéreas, importação de bens de consumo básicos, construção civil etc.
Eleições parlamentares e presidenciais estão previstas para o Quirguistão em 2005, e o líder que deixa o cargo não é candidato. Isso trará uma mudança da elite pela primeira vez desde a independência, criando uma real abertura para uma luta feroz pelo poder. “O presidente e sua família lutarão com todos os métodos disponíveis”, prevê Alexander Kulinsky, um jornalista de Bichkek especializado em partidos políticos. “Há poucos ou nenhum partido genuinamente democrático aqui. A maioria deles usa de lábia para atrair favores do Ocidente”, acrescenta.
No começo dos anos 1990 o Quirguistão era considerado um modelo para as reformas a serem postas em prática em toda a antiga União Soviética. Seu presidente Askar Akaev era um cientista e não um ex-apparatchik: fortaleceu a liberalização política, desenvolveu uma imprensa livre e privatizou a economia com generosas doações de organizações internacionais. Contudo, esse investimento era apenas uma fração das subvenções estatais da era soviética, levando ao fechamento de minas e indústrias e ao êxodo em massa dos trabalhadores especializados russos. Se a queda da economia mal acabou de estabilizar-se, o declínio demográfico anual (diferença entre o número de nascimentos e o de mortes) é estimado em 55 mil. A este declínio demográfico “natural” soma-se a emigração de meio milhão de trabalhadores quirguizes para a Rússia ou Casaquistão. Nestas circunstâncias, “as políticas estatais para inspirar uma nova identidade nacional estão falhando amplamente”, analisa Emil Juraev, professor de ciência política. “Por outro lado, a identidade étnica é forte, assim como dentro do quirguiz tribal e regional. O poder estatal repousa essencialmente na burocracia baseada em Bichkek, a capital, e no sistema de clãs”. Esse país montanhoso tem poucos eixos de comunicação capazes de uni-lo. A luta pelo poder poderia levar, segundo muitos observadores, à divisão do país entre o vale Chui no norte, onde a capital Bichkek está situada, e o vale Fergana, no sul, onde se encontra Osh, o segundo centro urbano do país.
Progresso e desigualdade
O Casaquistão é o único entre esses países onde a produtividade econômica aumenta, graças a lucrativas exportações de petróleo
O Casaquistão é o único entre esses países onde a produtividade econômica aumenta, graças a suas lucrativas exportações de petróleo. Seu produto nacional bruto cresceu 9% e os investimentos estrangeiros ultrapassaram 2 bilhões de euros em 200311 Depois de uma década de queda populacional, em que de 2 a 3 milhões de pessoas deixaram o país, a tendência começou a reverter-se: muitas famílias russas e caucasianas estão voltando para o Casaquistão, e o país começou a tornar-se um destino na busca de empregos. Em Alma Ata, a capital econômica, tem-se a impressão de estar num canteiro de obras; novos mercados, novas lojas e ruas cheias de carros.
Mas o país ainda sofre das mesmas doenças políticas. Aqui as reformas econômicas rápidas demais levaram a uma profunda estratificação social, com um quarto da população vivendo abaixo do nível da pobreza. 12 Nas últimas eleições parlamentares de outubro de 2004 os dois principais partidos eram Oton (Terra Natal), chefiado pelo presidente Nursultan Nazarbaev, e Asar (Juntos), liderado pela filha do presidente, Dariga Nazarbaeva. A principal coalizão de oposição, formada pelo Partido Comunista e a Escolha Democrática do Casaquistão não conseguiu representação no parlamento. A operação Asar importa menos por seus resultados – o partido só obteve quatro das 77 cadeiras – que por seu alcance político. Alguns vêem ali a vontade do presidente Nazarbaev, depois de enquadrar os meios de comunicação e impor sua presença ativa na economia, de assegurar, com sua filha Dariga, uma sucessão dinástica, como Gueidar Aliev com seu filho Ilham no Azerbaijão13 .
Se os cinco estados da Ásia Central Soviética tornaram-se independentes em 1991, não foi por causa da mobilização das massas clamando pela independência, mas antes contra elas. Diferentemente dos países bálticos ou do Cáucaso, a imensa maioria dos povos e seus dirigentes apoiaram a preservação da União Soviética até o último momento. Todos os cinco presidentes que ditam e mandam na Ásia Central hoje chegaram ao poder nos anos 1980, durante a época instável da perestroika. Apesar de os cinco países tentarem diferentes maneiras de reafirmar sua legitimidade política: a experiência do Casaquistão e do Quirguistão com privatização e reformas políticas, o Usbequistão e o Turcomenistão conservando o estado autoritário e a economia dirigida, enquanto o Tadjiquistão conseguiu uma surpreendente reconciliação nacional depois de desintegrar-se sob o efeito de uma violenta guerra civil. Contudo, todos experimentam cada vez mais uma mesma tendência à concentração de um poder absoluto entre as mãos do chefe de Estado.
A independência nacional não convenceu a maioria da população, e a deterioração das condições de vida tornaram politicamente ilegítimos os projetos de novos Estados-nações. De fato, atualmente, as redes sociais baseadas na solidariedade regional se sobressaem e se opõem aos grupos idealistas que há dez anos conclamavam à unificação regional, sob a bandeira turca – e continuam a fazê-lo, agora sob a bandeira do Islã. As elites políticas formadas nas escolas soviéticas vêem no Islã apenas “extremismo” e “terrorismo”. Essas elites nunca concederam ao Islã outro estatuto que o folclórico, mesmo quando o colapso da ideologia e da repressão comunista tornava indispensável uma reavaliação do passado e do presente do Islã nas sociedades da Ásia Central. Agora, a repressão aos grupos políticos islâmicos e de diversas seitas acompanha-se da crescente islamização dessas sociedades, inclusive do Casaquistão e do Quirguistão, onde o Islã político não pára de radicalizar-se.
(Trad.: Betty Almeida)
1 – Ler Christian de Brie, “Au temps de Gengis Khan et de Tamerlan”, Manière de voir n° 76, “Les génocides dans l?histoire”, agosto-setembro de 2004.
2 – Ler Alain Gresh, “Les Républiques d?Asie centrale s?engagent sur des chemins différents”, Le Monde diplomatique, dezembro de 1992.
3 – Foi Mustafa Kemal, dito Atatürk, quem proclamou o fim do Califado, isto é, de qualquer autoridade político-religiosa centrada no Islã, logo depois depois da Primeira Guerra Mundial.
4 – Este movimento de modernização do Islã na Ásia Central, iniciativa dos intelectuais urbanos, atingiu o sistema de ensino, o pensamento social e as normas éticas. Não sobreviveu aos expurgos soviéticos dos anos 1930.
5 – Jean-François Mayer, Hizb ut-Tahrir – The Next Al-Qaeda, Really? Artigo ocasional do PSIO, Genebra, 2004.
6 – Artie McConnell, “Tashkent bombings signal rise in Islamic activities”, Jane?s Intelligence Review, Londres, maio de 2004 (O Waziristão é uma região montanhosa a noroeste do Paquistão – N.T.).
7 – Fazenda coletiva da época soviética (N.T.).
8 – Gulnoza Saidazimova, “HIV Infections Mount In Uzbekistan As Prostitution Rises”, Radio Free Europe/Radio Liberty, Prague, postado no www.rferl.org em 30 de
Vicken Cheterian é jornalista, autor de War and peace in the caucasus, Russia´s trouble 3d frontier, Nova York, Hurst/Columbia University Press, 2008.