Grandes cidades, bons sentimentos
De Paris a Londres, de Sydney a Montreal, de Amsterdã a Nova York, todas as metrópoles se querem dinâmicas, inclusivas, inovadoras, sustentáveis, criativas, conectadas… Esperam, assim, atrair “talentos”, jovens diplomados com alto poder de compra que, como em Seattle, fazem a alegria das empresas e do setor imobiliário
O ódio não tem lugar aqui”; “Não importa de onde você vem, estamos felizes de ser seu vizinho”; “Todos os clientes são bem-vindos, sem distinção de raça, origem, orientação sexual ou religião”: plantados em jardins ou colados nas janelas, às vezes escritos em árabe, espanhol ou coreano, esses cartazes adornam muitas casas e lojas em Seattle. Em junho de 2017, quando foi celebrado o Orgulho Lésbico, Gay, Bi, Trans e Queer (LGBTQ), a bandeira do arco-íris também esteve muito popular. Presente em cada esquina, ela decorou a fachada da loja de sapatos Doc Martens, que lançou uma coleção especial com sete cores, um pouco mais cara que as outras. Reinou no alto da sede da Starbucks e da Space Needle, a torre em forma de agulha encimada por um disco voador, herança da Exposição Universal de 1962. Flutuou até mesmo em frente à prefeitura, logo abaixo da bandeira estrelada. Nessa…