Oitocentas e oitenta e uma pessoas foram mortas no Rio de Janeiro por intervenção de agentes do Estado no primeiro semestre de 2019. Um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2018, ano em que a polícia mais matou no estado desde o início da série histórica, em 2003. Para conversar sobre essa realidade genocida, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a cineasta e pesquisadora Natasha Neri, codiretora do documentário “Auto de resistência”. O filme acompanha a trajetória de familiares de pessoas mortas por agentes do Estado e traz o cotidiano de um sistema de justiça e de segurança pública voltado para o controle e a repressão da população pobre, especialmente negra. Quadro agravado pelo resultado das eleições de 2018 e que pode piorar ainda mais com a aprovação do projeto “anticrime” defendido pelo ministro Sergio Moro.
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Campanha pacote anticrime: uma solução fake
Entrevista com Raull Santiago, do Coletivo Papo Reto
Artigo Simulacros: a hiper-realidade do extermínio e A intervenção de interesses privados na segurança pública no Rio de Janeiro de Carolina Grillo
Trilha: Mano Teko, “Quilombo Favela Rua”