O Le Monde Diplomatique Brasil é importante para você?
Precisamos de sua solidariedade para continuar lhes oferecendo nosso jornal, nossas análises e informações
Este não é um editorial. É um pedido dirigido a você, leitora e leitor de nosso jornal. Mas antes de fazer o pedido quero explicar a situação em que nos encontramos.
O mercado de jornais e revistas mudou muito, especialmente durante e após a pandemia. Antes da pandemia chegamos a imprimir 30 mil exemplares para atender nossos assinantes e a venda em bancas e livrarias. A receita das vendas em bancas de jornal e livrarias correspondia a algo em torno de 60% de nossos custos. Pois bem, com a pandemia muitas bancas de jornal fecharam; a Editora Abril, que detinha o monopólio da distribuição de publicações em bancas de jornal, quebrou. Na ocasião ficamos sem quatro meses de faturamento, que eles não nos pagaram, e o processo de falência remeteu esse pagamento para um distante e inseguro momento; cadeias de livrarias como a Saraiva e a Cultura tiveram o mesmo destino. Para sobreviver, muitas bancas de jornal, quando reabriram, se transformaram em lojinhas, sem a ênfase na distribuição de jornais e revistas. Há indicações de que o mercado de jornais e revistas encolheu algo como 40% nos últimos quatro anos. Tivemos então de restringir a edição impressa de nosso jornal apenas para atender nossos assinantes.
Mas persistimos. Encaramos com entusiasmo um maior empenho na dimensão digital, a nova fronteira em expansão da informação e da comunicação, e estamos orgulhosos dos resultados. Nossa edição digital do jornal tem uma média de 100 mil visitas mensais; nosso Instagram tem 158 mil seguidores; YouTube, 161 mil inscritos. Passamos a ter um podcast semanal, o Guilhotina, e um programa também semanal de debates na TV, o Debates Le Monde Diplomatique Brasil, exibido nas TVs abertas TVT, de São Paulo, e TV Kirimurê, de Salvador, além dos canais universitários de São Paulo e Florianópolis. Somando nosso jornal impresso e nossa plataforma de mídias, alcançamos mais de 2 milhões de pessoas por mês.
Mantivemos gratuito o acesso aos nossos mais de 3 mil artigos acumulados em dezesseis anos de trabalho. O preço de nosso jornal está congelado há dois anos para viabilizar, especialmente para os jovens, a possibilidade de assinatura. Mas a receita de nossas atividades não consegue cobrir os custos. Aliás, é bom que se diga que não há imprensa crítica, contra hegemônica, que se equilibre comercialmente. Todas têm aportes de fundações, doações de vários gêneros. Não fomos exceção; tivemos o apoio de uma agência internacional de cooperação nos últimos quatro anos. Esse apoio acabou em dezembro.
Contamos com alguma publicidade governamental, e estamos buscando novas formas de financiamento para continuar trazendo para vocês o que há de melhor na análise do cenário internacional e as contribuições, sempre voluntárias, de intelectuais e ativistas brasileiros que, como nós, se alinham no campo da defesa da democracia e dos direitos humanos.
Não precisamos dizer quão importante é poder levar essas análises para um público maior, que se enfrenta cotidianamente com a propaganda e manipulação seja da imprensa corporativa, seja da ultradireita e suas fake news. Esse trabalho é nossa paixão, é nossa missão.
Neste momento enfrentamos uma situação financeira crítica. Há perspectivas promissoras de novos financiamentos, mas temos alguns meses pela frente sem caixa suficiente, que podem inviabilizar nosso trabalho e nos obrigar a encerrar atividades. E é essa a situação que nos leva a buscar você, nossa leitora, nosso leitor. Precisamos de sua solidariedade para continuar lhes oferecendo nosso jornal, nossas análises e informações. Há duas maneiras pelas quais vocês podem nos ajudar: oferecendo assinaturas do jornal impresso ou digital a amigos e familiares (www.diplomatique.org.br/assine) e contribuindo com doações no crowdfunding que abrimos no site Catarse (www.catarse.me/diplomatique)
Para manter uma relação mais permanente com nossas leitoras e leitores, vamos criar um novo espaço em nossas relações: os Amigos do Le Monde Diplomatique Brasil, à semelhança de como o Le Monde Diplomatique tem na França. Nesse espaço vamos discutir periodicamente com vocês nossa linha editorial, bem como receber avaliações e sugestões de pauta e de melhoria de nosso trabalho. Com uma doação a partir de R$ 200,00 você já se torna Amigo do Le Monde Diplomatique Brasil! Associe-se!
Temos a convicção de que, com o apoio de vocês, superaremos este momento difícil e continuaremos as atividades em nossas distintas frentes. Há boas perspectivas a médio prazo; o problema é atravessarmos este período de alguns meses. Contamos com vocês!
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