Lula diante do desafio das promessas eleitorais
O retorno de Lula ao poder suscita esperanças, notadamente no cenário internacional, mas disfunções estruturais da democracia brasileira limitam as margens de manobra. Mesmo para um dirigente tão hábil e tão “rodado” quanto o ex-sindicalista
À medida que se aproximava a eleição presidencial de outubro de 2022, o presidente Jair Bolsonaro multiplicava suas advertências. Não apenas a democracia brasileira seria disfuncional, mas seus adversários estariam preparando uma fraude gigantesca. E ele explicava que, em tais condições, poderia decidir não respeitar o resultado das urnas. Em 11 de agosto de 2022, a burguesia financeira e industrial entrou na arena. Ela ergueu a bandeira da legalidade em uma carta aberta, afirmando que “a tentativa de desestabilizar a democracia e a confiança pública na imparcialidade do sistema eleitoral” tinha terminado com uma derrota nos Estados Unidos e que “seria igualmente o caso” no Brasil.1 Naquele dia, a classe dirigente brasileira se dividiu. De um lado, aqueles que não assinavam a carta de 11 de agosto, como o moderno agronegócio, escolheram o campo de Bolsonaro. De outro, os setores das finanças e das grandes empresas que proclamavam seu apoio…
E o cliche não sai da minha cabeça: Se correr o bicho pega se ficar o bicho come – eis a história do país do futuro. Nem pela luta armada nem pela democracia nada nos tira desse lugar – de paira do mundo. Aqui têm de tudo em compensação a politica tira tudo. Os grandes interessados para permanecerem grandes, querem 70% da população fora da riquesa do País, pior, isso se dá pela politica.