Manto Tupinambá, a testemunha do genocídio indígena
O Manto Tupinambá é testemunha do genocídio de uma nação, que é praticado desde a chegada dos europeus até os dias de hoje. Neste segundo episódio da temporada genocídios.BR, você saberá mais sobre a história dessa relíquia e do genocídio indígena.
Recentemente, chegou ao Museu Nacional do Rio de Janeiro, direto da Dinamarca, um Manto Tupinambá confeccionado com penas de guará vermelho há mais de 300 anos. O retorno da peça ao Brasil é o resgate de uma memória transcendental para o povo Tupinambá e o símbolo de uma história de violações e apagamentos. O manto é testemunha do genocídio de uma nação, que é praticado desde a chegada dos europeus até os dias de hoje.
Neste segundo episódio da temporada genocídios.BR, você saberá mais sobre a história dessa relíquia e do genocídio indígena. Esta série especial é fruto de uma parceria do Podcast Direitos Humanos em Ação – da Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil (AMDH) com o Guilhotina, o podcast do Le Monde Diplomatique Brasil. A produção e reportagem são da Rádio Tertúlia.
Para este episódio, entrevistamos a antropóloga e liderança indígena Glicéria Tupinambá (também conhecida como Célia Tupinambá), da região do sul da Bahia; Clara Almeida Barbosa, da etnia Kaiowá no Mato Grosso do Sul; o jurista e pesquisador Flávio de Leão Bastos Pereira; e a professora Fernanda Frizzo Bragato, pesquisadora de direitos indigenas e decolonialidade.
A temporada especial genocídios. BR tem como objetivo ampliar o debate sobre o conceito de genocídio, seus fatores de risco, os impactados por esse crime atroz, as questões jurídicas envolvidas e o debate político em torno do tema. O podcast explora as nuances legais, ideológicas e políticas dessa definição, trazendo o fato de que nem toda violência extrema é classificada como genocídio, assim como um caso de genocídio não exige que mortes tenham ocorrido. O terceiro episódio vai ao ar em 02 de setembro de 2024.
Saiba mais
Reportagem “Museu Nacional confirma retorno de Manto Tupinambá ao Brasil” (11/07/24 | Agência Brasil): https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-07/museu-nacional-confirma-retorno-de-manto-tupinamba-ao-brasil
Episódio 1 de genocídios.BR sobre o Massacre de Haximu, cometido contra o povo Yanomami em 1993: https://open.spotify.com/episode/1rMRDEhzaYRrQUOkJESQ×8?si=2f0ab3f6c9b74807
Vídeo da fala de Nandesy’s Kaiowá na retomada Guarani Kaiowá na região de Douradina (MS) diante de policiais (julho/24 | Comunicação da Aty Guasu): https://www.instagram.com/reel/C9p8aFLPBzM/?utm_source=ig_embed&ig_rid-ec2fe2c2-6d7a-444-a2ec-74c7be2f0eed
Relatório Violência contra os povos indígenas no Brasil (dados de 2023), do Conselho Indigenista Missionário (Cimi): https://cimi.org.br/2024/07/relatorioviolencia2023/
Livro “Genocídio Indígena no Brasil – O Desenvolvimentismo entre 1964 e 1985”, de autoria de Flávio de Leão Bastos Pereira (Juruá Editora): https://www.jurua.com.br/shop_item.asp?id=26657
Artigo 231 (Capítulo VIII – Dos índios) da Constituição Federal Brasileira: https://tinyurl.com/yfrbcb4a
Decreto N° 30.822, de 1952, que promulga a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, da Assembléia Geral das Nações Unidas: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/atos/decretos/1952/d30822.html
Lei N° 2889, de 1956, que define e pune o crime de genocídio no Brasil: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/12889.htm
Ficha Técnica
Apresentação: Luís Brasilino e Bianca Pyl (Guilhotina).
Roteiro, Produção, Reportagem e Edição: Beatriz Pasqualino (Rádio Tertúlia).
Sonorização: André Paroche (Rádio Tertúlia).
Concepção e Coordenação: Manoela Nunes, Enéias da Rosa, Gilnei da Silva (AMDH) e Beatriz Pasqualino (Rádio Tertúlia).
Identidade Visual e Artes: Nanna Tariki (Le Monde Diplomatique Brasil).