Mídia-culpa
Fake news fabricadas em conjunto pelos serviços de segurança e pela imprensa liberal são o novo método utilizado pelos Estados Unidos para prolongar guerras sem fim. No conflito mais recente, a respeito da retirada das tropas do Afeganistão, o New York Times anunciou que a Rússia estaria oferecendo secretamente prêmios aos militantes afegãos que matassem soldados norte-americanos
Quando uma guerra cai num atoleiro, aqueles que querem prolongá-la podem proceder de diversas maneiras. Fingem que a “última fase da batalha” começou e que ceder diante do inimigo seria como “apunhalar pelas costas” os soldados que se sacrificaram durante anos. Predizem também que qualquer recuo em uma frente de combate precipitaria uma debandada geral, a “queda dos dominós”. Traição para com o Exército feita pelos civis, cegueira diante do apocalipse, entendimento com o inimigo: a Primeira Guerra Mundial, a da Argélia e as da Indochina refutam categoricamente toda essa retórica extremista. Mas, há alguns anos, outro método vem se impondo nos Estados Unidos: fake news fabricadas em conjunto pelos serviços de segurança e pela imprensa liberal. Esse falso furo providencial finge que a América, pomba branca democrática com asas de anjo, estaria sendo alvo de um complô urdido pela Rússia no exterior e pelos “extremistas” no interior. Assim, estaria…