Não há uma relação fechada entre evangélicos e Bolsonaro
Irmã Cida, eleitora de Bolsonaro em 2018, crente fiel da Assembleia de Deus, percebeu que votou errado. A ficha caiu quando ela viu Bolsonaro imitando as pessoas que morriam de Covid. Ela percebeu que não havia cristianismo nele. Não há uma relação fechada entre evangélicos e Bolsonaro. E aqui entra nosso trunfo. É possível fazer a disputa. É possível acenar com a realidade e com uma leitura bíblica contextualizada
Minha escola de jornalismo é antiga. Daquelas em que vou maturando o texto, pensando, ruminando, até o momento final de escrever. Quando está em cima do prazo, coloco tudo no papel. É, de certo modo, como fui ensinada. A hora de fechar, a hora de colocar o ponto-final no texto. Isso, óbvio, encontra abrigo no meu jeito de ser. De gostar da pressão. De funcionar no limite. Toda essa volta é para dizer que este texto estava quase pronto. Quase. Uns poucos ajustes e seguiria para a redação do Le Monde Diplomatique Brasil com poucas horas de atraso, para manter esse charme de que estou muito ocupada, fazendo mil coisas ao mesmo tempo. O tema demandado, dentro da minha área de conforto, é para falar de eleições e evangélicos. E por que tantos de nós ainda seguem Bolsonaro, e com disposição para votar nele outra vez. Na versão original eu…