Lula à espera de um milagre
Fala do presidente repleta de referências a Deus e milagres é interpretada como estratégia para aproximação dos evangélicos. Resta saber se será plausível para as novas audiências com as quais precisa se comunicar
Fala do presidente repleta de referências a Deus e milagres é interpretada como estratégia para aproximação dos evangélicos. Resta saber se será plausível para as novas audiências com as quais precisa se comunicar
A relação dos evangélicos com o poder é orientada pela perspectiva bíblica, teológica e de mundo predominante sobre a grande parcela do movimento
Temos assistido a uma presença mais intensa de grupos religiosos atuando como ativistas políticos nos mais diversos movimentos e nas mídias sociais. Com base nesse contexto, religião é, certamente, um tema de fundo, alimentador de campanhas e debates contundentes em processos eleitorais
Dificuldade da esquerda com o segmento evangélico acende um alerta para as próximas eleições: caso o índice de apoio desse grupo religioso continue nesse padrão ideológico, com o crescimento previsto dos evangélicos nos próximos anos ou décadas, as possibilidades eleitorais da esquerda diminuirão vertiginosamente
À medida que os israelenses se inclinam para a direita, os judeus norte-americanos ancoram-se na esquerda. Resultado, o lobby pró-Israel nos Estados Unidos agora se baseia mais nos cristãos fundamentalistas do que nos judeus. Enquanto isso, a guerra em Gaza impacta as universidades, com financiadores decidindo sancionar instituições críticas ao governo israelense
Foi pela covardia que vi – agora – meu amigo, pastor Usiel Carneiro, ser afastado de sua igreja local, soberana em suas decisões, por força de uma liminar judicial
Compreender as nuances deste movimento impõe a nós, analistas, a responsabilidade de não reduzir os evangélicos às nossas conveniências, desejos e temores
Presença de grupos religiosos que atuam na evangelização de indígenas se intensificou durante governo Bolsonaro com ideologia conservadora e estratégias criticadas, como ofertas em dinheiro
Em 2020, de policiais suíços a bombeiros de Nova York, o mundo se filmou dançando ao som da canção sul-africana “Jerusalema”, hino do isolamento social. Com palavras tiradas do Evangelho, ela é agora um dos emblemas do sucesso da música de inspiração cristã oriunda da África
Após o 8 de Janeiro parece haver entre os evangélicos uma espécie de voto de silêncio coletivo em relação à política
Há semanas temos visto a movimentação dos “patriotas” nas portas dos quartéis. O que não tem sido evidenciado com devida ênfase pelos analistas é a forte tônica religiosa dos seus manifestantes, em geral composta por evangélicos e, em menor grupo, também por católicos. Muitos vídeos e relatos comprovam o forte vínculo religioso das manifestações, frequentemente regadas a momentos de oração, louvores gospel e “atos proféticos”
Influência religiosa nas eleições nos desafia a olhar semelhanças e não só diferenças entre católicos e evangélicos