Nas redes sociais, certos homens, certas verdades
É uma nebulosa. Influenciadores e produtores de vídeo engajados na defesa de uma identidade masculina que consideram ameaçada. Frequentemente ligados à extrema direita, suas principais figuras vêm em socorro do patriarcado, soldados valorosos de uma guerra feroz, às vezes cínica, inteiramente dedicada à causa dos homens
Ao saber do apoio de Éric Ciotti1 ao partido francês de extrema direita Reunião Nacional (RN), Julien Rochedy não escondeu a alegria: “Meu sonho político há mais de dez anos”, exultou em sua conta no X (137 mil seguidores). O dinâmico trintão, diretor da juventude da então Frente Nacional (atual RN) no início dos anos 2010, deixou o partido de extrema direita em 2014, principalmente para protestar contra a presença de “garotos ao redor de Florian Philippot”,2 “pessoas que não são homens segundo [seu] coração”. Desde então, Rochedy tentou criar uma escola de masculinidade e sedução (a escola Major), um projeto que não teve sucesso, apesar de sua receita original (“coragem”, “espírito de conquista”, “vontade de potência”). Atualmente, ele segue uma carreira de videomaker na internet e publica livros pela Éditions Hétairie: L’Amour et la guerre. Répondre aux féministes [O amor e a guerra. Responder às feministas], de 2021; Veni…