Quando o lucro cala direitos, é hora de regular
O atual modelo de negócios das plataformas digitais, baseado na extração massiva de dados e na atenção como mercadoria, reforça as estruturas de desigualdades e ataca direitos fundamentais
O atual modelo de negócios das plataformas digitais, baseado na extração massiva de dados e na atenção como mercadoria, reforça as estruturas de desigualdades e ataca direitos fundamentais
Na e-democracy, não surpreende que o comportamento e o discurso político procurem se adaptar de forma mais profunda à opinião pública
A cada dia os franceses passam em média de uma a duas horas nas redes sociais. Para capturar sua atenção, os influenciadores dispõem de métodos bem rodados e muito eficientes. Na corrida pela audiência digital, todo mundo quer imitá-los. Um mergulho em um universo regido por algoritmos…
A violência de gênero enfrentada por Janja e Gleisi e a urgência da regulação das plataformas digitais
Se Bolsonaro e outros líderes da extrema direita aprenderam, progressivamente, a se apropriar das redes para suas lutas ideológicas, Marçal encontra nas redes seu habitat natural, pois é um filhote desse ambiente
A informação, acima de tudo, deve deixar de ser chuva torrencial diária a enxarcar diariamente a todos nós como fenômeno natural
É uma nebulosa. Influenciadores e produtores de vídeo engajados na defesa de uma identidade masculina que consideram ameaçada. Frequentemente ligados à extrema direita, suas principais figuras vêm em socorro do patriarcado, soldados valorosos de uma guerra feroz, às vezes cínica, inteiramente dedicada à causa dos homens
Desde que as chuvas intensas causaram inundações e tragédias no sul, assistimos uma batalha comunicacional
A extrema direita está, mais uma vez, internacional e organizada para derrubar o status quo (e com ele a institucionalidade), levando as esquerdas a se perguntarem onde estão e quais passos tomar
A polêmica recente envolvendo o magnata Elon Musk e suas declarações que afrontam o Judiciário brasileiro expõe complexidades da era digital, com desafios e graves ameaças da tecnologia às democracias e à governança global.
Esfera pública cindida, opiniões medidas por likes, políticos reféns da lógica das redes digitais. De fato, há muitos motivos de preocupação. No entanto, é um equívoco pensar que as novas mídias on-line são apenas um perigo para a democracia. Elas são um espaço onde vozes marginalizadas podem se expressar. Estimulam o conflito, mas em si isso não precisa ser um problema. Sem disputa política não há democracia, não há questionamento de desigualdades
A ação coordenada de muitos países acertou ao impor limites ao capital, como criminalizar a mão de obra infantil, e acerta agora quando protege as crianças da voracidade publicitária. Porém, quando se trata de impedir que o mesmo capital explore o olhar e se aproprie dos dados mapeando o desejo das crianças – e dos adultos –, os governos ainda se omitem