O refluxo da “segunda onda progressista” na Argentina
Gastando perto de 2% do PIB na campanha por meio de isenção de impostos e concessão de benefícios temporários aos setores empobrecidos, movendo a máquina eleitoral a todo vapor e promovendo uma estratégia internacionalizada de marketing de causar inveja, Massa teve de reconhecer que o triunfo do primeiro turno não passou de uma vitória de Pirro
Nos últimos anos, assistiu-se ao retorno de governos de signo progressista em diversos países da América Latina. Em textos recentes, Álvaro Garcia Linera propôs chamar essa tendência de “segunda onda progressista”. De acordo com essa visão, integrariam o rol das nações latino-americanas que puderam reverter o que fora caracterizado como o fim do primeiro ciclo progressista a Argentina, a Bolívia, o Brasil, o Chile, a Colômbia e o Peru. Apesar das particularidades de cada um desses casos, Linera argumentou que seria possível identificar alguns traços característicos da nova vaga. Ao nosso ver, dois deles merecem destaque. Em primeiro lugar, com exceção do caso chileno, o triunfo eleitoral do progressismo nesses países não teria sido precedido de um amplo ciclo de mobilizações sociais, como fora o caso da primeira onda do início deste século. Em segundo lugar, e como consequência do anterior, cada um desses governos teria tido de construir um…
É interessante que no Brasil, os mais jovens deram o voto no presidente Lula, enquanto na Argentina, no Milei.
Isso reflete as características da maior parte do eleitorado – pragmático – as pautas de costumes não tem tanta influência quando se fala de alta inflação.