Os retrocessos do atual modelo
A sociedade da nova economia está em construção, permeada por doenças profissionais depressivas, pela solidão e pela devastadora crise de sociabilidade. Nessa marcha organizacional empreendida pelos países ricos, não é possível universalizar de forma homogênea a qualidade de vida reivindicada no século passado.
“... uma República que desconhece ou esqueceu o ideal que era a sua razão de ser, uma República adaptada às instituições e costumes monárquicos que pretendera eliminar, não repelindo, senão aquilo que deveria afirmar uma República onde só os reacionários se sentem bem....” Manuel Bonfim Neste início do século XXI, o mundo trava um novo e intenso embate em torno de distintas ideias de construção da sociedade. Em conformidade com o receituário neoliberal, difunde-se fundamentalmente um projeto possível associado ao processo de globalização financeira mundial. Seus protagonistas defendem a prevalência das regras da disputa despolitizada pela repartição de renda e riqueza entre as corporações transnacionais, em consonância com o enxugamento do Estado e orientada por ações pontuais, focalizadas na regulação competitiva dos capitais e nas políticas sociais distanciadas da universalidade. Além disso, ganha relevância o salto tecnológico associado à difusão de múltiplas cadeias de produção no espaço mundial, que diferencia…